Angústia e ansiedade nos relacionamentos

Angústia e ansiedade nos relacionamentos

Nota prévia: Neste post sobre “Angústia e Ansiedade nos relacionamentos” proponho algumas reflexões, além de trazer depoimentos, cujos nomes foram alterados para preservar a identidade dos depoentes.

Nossos relacionamentos

Nós temos uma grande facilidade de olharmos para o passado e retirarmos de nosso “baú” um monte de coisas que colocamos de novo em nosso presente.

Uma traição que alguém cometeu, calúnia, discórdia, desacordo, etc., coisas que deveriam ficar no passado, nós trazemos à tona todos os dias, que continuam atormentando a nossa existência.

No presente, não são poucas às vezes em que nós nos vemos em situações complicadíssimas: dívidas para pagar e não ter dinheiro; doença e os médicos que não dão muita esperança; filhos rebeldes; um casamento sem respeito ou amor.

Podem ser tantas coisas…

A verdade é que o ser humano é o mesmo em todos os lugares. Ele sofre, chora, lamenta e muitas vezes se desespera. Isso faz parte da nossa humanidade.

E é por isso que muitos se cansam da vida, não dão conta nem dos problemas de hoje e ainda têm que carregar os problemas que não se tem como mais resolver, por, justamente, estar no passado.

Às vezes ferimos uns aos outros intencionalmente em nossas relações, outras vezes, sem intenção, mas, em ambos os casos, é necessário muita compaixão para gerar e manter união. 

Perdoar?

A verdadeira união, amizade ou relacionamento que existe mútuo suporte, as pessoas experimentam compaixão, sendo um espaço para a benevolência, onde erros não são constantemente lembrados, mas perdoados e superados.

Não é possível ter união no ambiente de trabalho, numa organização comunitária ou na família sem perdão, pois a amargura e o ressentimento sempre destroem os relacionamentos.

Quando somos feridos por outra pessoa temos uma escolha a fazer: retaliar ou solucionar. Não é possível fazer ambas as coisas ao usar nossas energias e emoções para solucionar a questão. Muitos hesitam em mostrar compaixão por não entenderem a diferença entre confiar e perdoar.

Perdoar significa desligar-se do passado. Confiar tem a ver com comportamento futuro.

É preciso confiar?

Confiança requer histórico, independentemente da ação terapêutica que escolhemos adotar. Falta de perdão pode se transformar em câncer emocional, fonte letal de permanente amargura. 

Entretanto, não se espera que confiemos imediatamente na pessoa que nos feriu, nem que continuemos permitindo que ela nos ofenda. Elas precisam cultivar e provar ao longo do tempo que mudaram, a fim de reconquistar nossa confiança.

O ideal é buscar a ajuda de um profissional para realizar uma terapia, pois sozinho se vê a luz debaixo de escombros, não se visualiza a real dimensão do problema! 

É necessário uma restauração profunda para controlar a ansiedade e angústia, a fim de que evitemos tomar decisões desesperadas ou precipitadas, além de não agir por suas forças ou impulsos.

Cura!

Existem mágoas a serem curadas e, como num termômetro, terá que zerar a mágoa que atualmente é muito forte para que se restaure o relacionamento.

A inquietude e a expectativa, não raramente, assumem o controle da nossa mente e do nosso corpo. Em decorrência de tal situação, ficamos nervosos e impacientes, restando aos que estão conosco a nobre disposição da paciência e da tolerância diante de nosso insuportável comportamento.

Assim, viva hoje os segundos, minutos e as horas, até que o dia termine, ande passo por passo pelo campo minado com força e determinação, sem pressa. Tenha serenidade para aceitar tudo o que você não pode mudar e sabedoria para distinguir o que você pode, e o que não pode mudar.

Depoimentos

“Sabe, muitas coisas se passam em meus pensamentos e em meu coração, na verdade não estou conseguindo ver e ter segurança, e isso me deixa aflito. Parece que eu não faço parte de seus planos… O que me faz falta é ouvir e perceber que sou amado, não sei o que fazer… Ela tinha intensão de ir para o Japão, e disse a ela que não me sentia seguro para realizar essa viagem. Afinal de contas, tinha se envolvido com outra pessoa, e não sei o que sente.” (Depoimento de Sr. José*).

“Domingo passado o meu cônjuge foi na minha casa para ver nosso filho e conversamos um pouco. Ele está doente, magro, triste. Por várias vezes o vi com os olhos cheios de lágrimas… ele disse que não está bem e que sua vida se transformou num furacão, mas que isso eram consequências de suas próprias escolhas, e que não tinha mais conserto, e tudo estava consumado. Seu desejo de pedir demissão do trabalho e ir embora, sumir… ele tem me procurado, e diz que sua vida virou um inferno, e que a única pessoa em quem confia é em mim! Não posso virar as costas para ele, preciso ajudá-lo, quero ele de volta”. (Depoimento de Sra. Maria*).

“Me divorciei… meu coração não está em paz, sinto-me quase sempre angustiado, ansioso por ter alguém, pois não aguento mais estar sozinho, sem uma pessoa, sem uma companheira legal”. (Depoimento de Sr. João*).

“As coisas não andam bem não! Entre eu e ele o convívio está insuportável, e como as coisas dependem de mim para irem um pouco melhor, está muito difícil, porque não tenho interesse em ficar ao lado dele. Não consigo beijá-lo, abraçá-lo, muito menos ter uma relação sexual! E isso acaba prejudicando ainda mais, porque ele vai se sentindo desprezado, com a autoestima lá embaixo, aí ele acaba caindo em tentação e vai para as drogas: álcool e pó”. (Depoimento de Sra. Ana*).

“Medo de sofrer é apelido, eu estou apavorada. E por mais que tenha colocado nas mãos de Deus não imagino como passar por esse campo minado. Acho que ele não me ama mais, é frio, é um estranho”. (Depoimento de Sra. Paula*).

“Na época em que aconteceu o adultério, meu esposo ficou com raiva de mim por diversos motivos, mas nem imaginava a dor que eu sentia, e da segurança que eu precisava ter nele, e precisaria ouvir dele que me amava, e não faria nunca mais o que fez, não iria me deixar, eu era tudo de mais valioso!” (Depoimento de Sra. Lucia*).

Se você identifica e entende que necessita fazer mudanças em sua vida, em relação a problemas que precisam ser solucionados, marque um horário ou encaminhe uma mensagem pelo WhatsApp (11 99469-4246), para conversarmos sobre o que está acontecendo. Sou Antonio. Tenho experiência de mais de 35 anos como psicólogo clínico, especialista em conflitos. Espero seu contato para caminharmos juntos!

Minha abordagem é Terapia Sistêmica, e por meio do tratamento sistêmico caminharemos juntos, a fim de desenvolver habilidades necessárias para que você obtenha mudanças fundamentais em seu estado de humor, comportamentos e relacionamentos.

Posso auxiliar você a solucionar problemas de relacionamentos pessoais, conjugais, profissionais, a melhor lidar com o estresse, autoestima, a sentir-se mais seguro e autoconfiante.

Há momentos em nossa vida que nos levam a conflitos pessoais como dor, depressão, ansiedade, angústia, tristeza, medo, culpa, vergonha, desespero, às vezes choramos por qualquer motivo. Existe a sensação de que estamos perdendo o controle, que não somos compreendidos pelas pessoas que estão ao nosso redor. Estamos acorrentados a emoções fortes, pensamentos e comportamentos que não fazem parte da nossa personalidade, e não conseguimos solucionar os nossos problemas que enfrentamos. Você está passando por conflitos amorosos em seu casamento, ou dificuldade no seu relacionamento familiar e parece que tudo irá desmoronar, que o seu chão vai se abrir… Nossa mente permanece fixa no problema, tentamos adotar comportamentos que evitem o confronto direto com a situação indesejada, porém é o incômodo que nos fere, e permanece em nosso interior. 

 

Bibliografia: 

  • Mais Técnicas Psicoterapia Relacional Sistêmica – Vol. 2 – Solange Rosset
  • Terapia Familiar: Múltiplas Abordagens com Casais e Famílias – Lúcia Freire
  • Vencendo a Ansiedade e a Preocupação com a Terapia Cognitivo-Comportamental: Tratamentos que Funcionam: Manual do Paciente – David A. ClarK e Aaron T. Beck
ANTONIO STEFANELLI
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