A maioria dos livros de prevenção ao bullying escolar têm foco nas vítimas e nos seus familiares, dando dicas de como se prevenir e perceber os sinais emocionais quando ocorre este tipo de ciberviolência. E como orientar os pais quando no caso o seu filho é o agressor (cyberbully)?
Principais características de um agressor de cyberbullying
Gostaria de citar os principais sinais emocionais apresentados por agressores de bullying virtual para orientar os familiares sobre como perceber e lidar melhor com este tipo de violência escolar.
Segue, os principais sinais emocionais emitidos pelo cyberbullyies:
- Desrespeitam a hierarquia familiar;
- Manipulam pessoas para se livrar das confusões em que se encontram;
- Portam-se com arrogância e como se nada de errado estivesse acontecendo; ;
- Mudam rapidamente de tela ou fecham programas quando alguém chega perto;
- Usam computadores até altas horas da noite;
- Ficam triste de forma exageradamente incomum quando não podem usar o computador;
- Usam múltiplas contas de internet ou uma conta que não é sua;
- Riem de forma excessiva quando usam o computador e não querem compartilhar o motivo do humor;
- Evitam discutir sobre o que está fazendo na internet, mostrando-se defensivo nessas horas;
- Ficam nervosos ao usar a internet;
- Apresentam comportamentos hostis e agressivos em relação aos pais e outros familiares;
- Apresentam com alguma frequência, consumo abusivo de álcool e cigarros.
Mas e o que os pais podem fazer para enfrentar o problema em casa?
É muito importante que os pais estejam sempre atentos ao uso que seu filho faz das tecnologias digitais e usar filtros de controle parental para saber o uso que seu filho faz da internet e estabelecer um diálogo franco sobre este assunto.
Caso seja necessário, deve-se procurar ajuda profissional como, por exemplo, um psicólogo para tratar o problema, pois quando este tipo de agressão não é cessada torna se importante buscar ajuda de profissionais especializados para ajudar o jovem e seus familiares a lidarem com este problema.
É importante que se perceba o problema, pois o filho agressor também sofre e pode adoecer emocionalmente, assim como, pode vir a ter problemas jurídicos no futuro e pode envolver-se em gangues ou fazer uso abusivo de drogas ilícitas.
Um dos fatores-chave para prevenir o problema está na existência de um diálogo franco e aberto, entre pais e filhos, sobre como se portar de forma ética e saudável na internet, estabelecendo regras familiares para o uso seguro desta.
Um problema comum refere-se ao fato de que muitos pais se sentem intimidados pelo fato de seus filhos saberem muito mais sobre ciberespaço do que eles.
Mas é importante ressaltar que muitas das regras que visam proteger os filhos em ambientes presenciais servem também para os ambientes virtuais.
E mesmo que não seja tão fácil estabelecer limites e regras para o uso da internet que sejam ideais, torna-se importante estabelecer com a ajuda de um psicólogo medidas pragmáticas para se prevenir este tipo de ciberviolência e assim reduzir os danos.
Autora:
Ana Maria Moraes de Albuquerque Lima é psicóloga formada pela UnB e pedagoga formada pela Universidade Católica de Brasília. Mestre em Educação pela Pontifícia Católica de São Paulo.
Autora dos livros Cyberbullying e outros riscos online: despertando a atenção de pais e professores publicado pela editora Wak e do e-book Família Conectada: promovendo o uso seguro da internet disponível no site https://familiaconectadahoje.wordpress.com/. Realiza orientação psicológica online no portal Psicologia Viva na prevenção do cyberbullying e outros riscos online.
Referências
ALBUQUERQUE-LIMA, A. M. Cyberbullying e outros riscos na internet: despertando a atenção de pais e professores. Editora Wak: Rio de Janeiro, 2011.
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