Qual o perfil ideal dos profissionais de RH?

imagem da mão de um profissional de RH com uma lupa escolhendo um profissional entre vários
Qual o perfil ideal dos profissionais de RH?

Contratar pessoal não é tarefa fácil. Assim como não é fácil demitir: cada funcionário dispensado — quando não por razões alheias ao desempenho — é testemunha de uma aposta fracassada. E, sempre que acontece, gera certo tumulto na empresa, pois é preciso recomeçar do zero: selecionar, contratar e, muitas vezes, treinar novamente. Vale até torcer para dar certo.

Tudo isso para mostrar como é importante o papel do profissional de recursos humanos (RH). É ele ou ela quem tem a responsabilidade de descobrir, entre muitos candidatos, o perfil ideal para aquela função específica. E também motivar, manter a dinâmica entre colaboradores e empresa e fazer com que a produtividade permaneça em alta.

Diante de tanta exigência, faz sentido especular sobre o perfil de RH ideal. Que competências um profissional da área precisa desenvolver para dar conta do recado nesse setor estratégico da empresa? Vejamos algumas características do RH de sucesso:

Perspicácia e senso analítico

Nem sempre o melhor candidato é aquele que exibe a maior coleção de certificados. Ou mesmo aquele que se saiu melhor na entrevista. Muitas vezes, é preciso ir além da aparência para identificar um potencial talento escondido atrás de credenciais nem tão brilhantes.

Por isso, o RH precisa desenvolver um olhar afiado e estar atento a detalhes, de modo a não deixar passar uma “joia bruta”, nem, por outro lado, levar gato por lebre. Ou seja, deve ser perspicaz, analítico e observador.

Liderança e motivação

O profissional de recursos humanos é o fiel da balança, o responsável por equilibrar os anseios do pessoal com as necessidades da empresa. Isso significa dizer que é sua função manter a equipe motivada, gerenciando as expectativas de cada colaborador de maneira que todos se comprometam com os objetivos da organização.

Sendo assim, é necessário que o RH tenha perfil de liderança, consiga inspirar o grupo e fazer com que todos se engajem no objetivo comum. De quebra, precisa saber gerenciar eventuais crises, dirimir conflitos e harmonizar o convívio entre personalidades muitas vezes díspares.

Inquietude e inovação

Um gestor de RH competente nunca se sente “pronto”. Especialmente porque sua área de atuação está periodicamente experimentando novas práticas e procedimentos. Se o profissional não se mantiver em constante atualização, corre o risco de perder o compasso da evolução da profissão.

Portanto, é necessário estar sempre bem informado e por dentro das inovações do setor. E saber o que se passa em segmentos que têm muito a contribuir para o desempenho de suas funções (estudos de psicologia organizacional, gestão de empresas, planos de negócios etc.).

Considere ainda que muitas organizações, em função de suas peculiaridades (pense nas startups), podem sugerir soluções menos ortodoxas e mais inovadoras. Desse modo, é necessário, além do conhecimento aprofundado e atual, a criatividade para apresentar modelos de gestão compatíveis com o perfil de cada empresa.

Comunicação e psicologia

Ficou por último, mas não quer dizer que seja menos importante. Na verdade, é difícil imaginar um bom RH que não consiga se comunicar bem. Afinal, é preciso expor com clareza os objetivos e as diretrizes da empresa a uma gama variada de pessoas. Sem falar que não é fácil inspirar ou motivar sem uma boa conversa, com argumentos convincentes e usando os mesmos códigos de linguagem do interlocutor.

Mas, saber falar não é tudo. Além de expor as suas ideias, você precisa ouvir o outro lado, saber o que se passa com a equipe, quais as aspirações e incertezas de cada colaborador, pois toda conversa pressupõe uma troca. Em suma, é necessário exercer o papel de psicólogo e ouvir com presteza o que os colegas têm a dizer.

Resumindo, um perfil de RH ideal reúne, entre diversas qualidades, a capacidade de se comunicar com eficiência, de ouvir com atenção, de fazer uma boa “leitura” de potenciais talentos, de motivar, inovar e estar sempre em dia com as transformações no mundo corporativo.

Aproveitando que você chegou até aqui, que tal se aprofundar um pouco mais nas atribuições do RH e saber como é a gestão por competência? Boa leitura!


REFERÊNCIAS:

das Chagas, Francisca Nayara Maia, Giuliana Andreza Figueiredo Gil Gomes, and Joísa Quixadá. “A GESTÃO DE PESSOAS COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO: DESTACANDO A IMPORTÂNCIA DAS MODERNAS FERRAMENTAS DE RH.” Organização: CAAD/UFERSA (2016): 5.

Halpern, Clarisse, and Elizabeth Espindola Halpern. “Quem quer ser um Gestor de Recursos Humanos? Reflexões Sobre a Formação e o Perfil dos Alunos de Gestão de RH.” Revista Administração em Diálogo-RAD 18.3 (2016): 46-75.

PEREIRA, MARIA CELIA BASTOS. RH essencial. Saraiva Educação SA, 2017.

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