Stress: 6 sinais e sintomas de que você deve desacelerar

Stress: 6 sinais e sintomas de que você deve desacelerar

O estresse é um mal que afeta grande parte da população mundial nos dias atuais. A correria da rotina, que não nos permite parar, está afetando cada vez mais pessoas de todas as idades.

Isto porque há uma grande correlação sobre o modo como você vivencia e percebe as situações adversas ou de maior pressão no dia a dia.

A palavra estresse nos remete a algo que nos gera incômodo, a alguma coisa negativa. Mas, nem sempre quer dizer que esteja relacionado a algo ruim.

Na medida certa o estresse é fundamental para garantir a defesa do nosso organismo em situações de perigo agudo e de emergência ou para garantir a nossa adaptação frente aos desafios impostos.

Por exemplo, em situações de maior pressão nosso cérebro libera uma série reações químicas que fazem-nos adaptar a este desconforto. Então, se alguém está passando por uma situação de pressão no trabalho, o cérebro percebe e responde com alterações que farão a pessoa reagir com maior eficiência sobre este fato.

Porém, se o organismo se mantém sob este estado de alerta por muito tempo, podem ser gerados vários problemas físicos, como por exemplo: gastrites, enxaquecas, problemas de pele, cardíacos, entre outros.

E também problemas psicológicos, como depressão, transtorno de ansiedade, síndrome de burnout, síndrome do pânico, entre outros.

Assim, quando o indivíduo que sofre de estresse não está emocionalmente saudável, um ciclo vicioso de desequilíbrio se mantém, ou seja, o indivíduo não consegue voltar ao seu estado normal, permanecendo estressado.

E, apesar do estresse não ser o causador de doenças graves, ele é um dos principais causadores de vulnerabilidade para o agravamento ou permanência das doenças com as quais possa estar envolvido.

É preciso sempre ficar de olho nos sinais do seu corpo para saber quando é hora de parar e desacelerar.

No post de hoje, você poderá conferir algumas dicas importantes sobre alguns sintomas do estresse, o que fazer para amenizá-los e viver a vida com mais tranquilidade. Acompanhe!

Ansiedade

A ansiedade é um dos principais sintomas do estresse, e de modo geral pode ser considerada como uma resposta inadequada ao medo.

Como assim? Bem, digamos que você apresente todas ou algumas das sensações descritas a seguir: dores no estômago, coração batendo rápido, pupila dilatada, formigamento na pele, transpiração e respiração ofegante porque precisa entregar um trabalho para seu diretor.

Segundo Machado e Haertel (2014, p.268): “Uma pessoa sadia regula a resposta ao medo através do aprendizado”.

O medo da reprovação de seu trabalho pode ser grande na primeira vez, mas depois se aprende que não há perigo quando seu diretor apenas solicita alguns ajustes se  necessário.

Se estas sensações não cessam mesmo você sabendo disso, o seu medo, o estado de alerta ou ansiedade pode estar sendo desencadeado por perigos pouco definidos ou pela recordação de eventos que são perigosos.

O fato é que a ansiedade desencadeada de forma crônica se transforma em estresse e causa danos ao organismo.

Isto porque quando necessitamos realizar qualquer tipo de atividade sobre um ambiente estressor, os neurônios do hipotálamo, área relativamente pequena do diencéfalo, enviam sinais químicos para glândula que fica logo abaixo, a amígdala, e ela produz hormônios que se espalham pela corrente sanguínea até chegar nas glândulas que ficam acima dos rins, adrenal.

São pelos neurônios do hipotálamo e pelas glândulas cerebrais: amígdala e adrenal, que produzimos a adrenalina e o cortisol.

A liberação do cortisol na medida certa é importante para nossa sobrevivência, mas quando ele atinge altos níveis está muito relacionado ao estresse crônico, diferente da adrenalina que depois de liberada causa reações mais imediatistas no corpo, mas depois ele se restabelece com maior facilidade.

Então, o aumento do nível de cortisol gera problemas físicos, sendo os mais comuns as gastrites, problemas de pele, enxaqueca, hipertensão, tensão muscular, alterações no humor e no sono, etc.

 

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Paralelamente existem os fatores  psicológicos desencadeantes da ansiedade como: a repreensão ou  não aprovação, a desvalorização, entre outros, que podem estar relacionados a recordação de fatos desagradáveis e dolorosos que acabam fazendo com que seu organismo prepare-se constantemente para a luta ou fuga de situações de perigo.

Nos transtornos de ansiedade, por exemplo, o perigo pode não estar presente e, mesmo assim, resulta na ativação da amígdala, glândula responsável pela resposta ao medo.

Se você possui as sensações causadas pela ansiedade em situações similares com alto nível de frequência,  e não consegue controlar este estado, talvez seja hora de buscar a ajuda com um psicólogo, o profissional especializado neste tipo de assunto.

Uma vez que você não busque ajuda, outros fatores vão corroborando para que seu problema aumente, já que o estresse sempre ocorre em cadeia e dentro de uma espiral de prejuízos físicos e psíquicos.

Irritabilidade

A irritabilidade é uma forma de alteração no nosso humor, associada a comportamentos de nervosismo, a falta de paciência, ao desgosto, descontentamento, entre outros, na tentativa de defender-nos ou preservar um equilíbrio saudável do nosso organismo.

Uma pessoa estressada tende a se sentir irritada muito mais facilmente.

E, normalmente a irritabilidade vem junto com a ansiedade e vice-versa, as sensações físicas inclusive podem ser parecidas, começando com o aumento da frequência cardíaca, da voz, pressão arterial, sensações de calor, podendo culminar em ações impulsivas e agressivas em relação aos outros.

Conforme Dalgalarrondo (2008, p. 175), estados de irritabilidade estão também relacionados a processos mentais de julgamentos e comportamentos morais, que refletem nossas inclinações e interesses.

Diante de fatores estressores, como  mudança repentina de estilo de vida ou rotina seja na vida familiar, social ou física, podemos desencadear uma série de atitudes impulsivas em função da necessidade de sermos atendidos quanto às nossas vontades ou desejos.

Uma vez que estejamos expostos à condições que não condizem com nossos interesses, e não conseguimos controlar nossos impulsos, a irritabilidade surge provocando comportamentos de nervosismo, falta de paciência e mau humor.

O agravante de tudo isso é que pessoas irritadas, tendem com um certo tempo, se sentirem sozinhas em função do afastamento das pessoas de seu círculo social.

O circuito do estresse é como se fosse uma bola de neve, uma coisa levando a outra. Do isolamento, pode vir a depressão, por exemplo.

Se você se sente aborrecido por coisas que antes não te incomodavam ou percebe que perde a paciência mais rápido que o comum, fique alerta.

Insônia

A falta de sono também é um dos sintomas mais comuns em pessoas que estão sob o efeito do estresse. Deitar na cama e não conseguir dormir mesmo após um dia exaustivo, pode indicar um quadro de estresse ou ansiedade. Além de ser um sinal, a insônia também vai causar irritabilidade e estresse no dia seguinte.

Isto porque aquele assunto que o incomoda, ou uma situação na qual você não consegue mudar no tempo que gostaria, fica insistentemente “martelando” na cabeça, e o cérebro literalmente não descansa.

E o grande problema é que além disso, os pensamentos vêm carregados de emoções que acabam provocando sentimentos muitas vezes relacionados a raiva, tristeza, angústia, medo, entre outros, acarretando em sensações físicas como dor no peito, na cabeça, náusea, coceira e etc.

O corpo exposto a situações como as relatadas acima por longo período de tempo traz uma série de prejuízos no humor, memória e atenção no dia a dia, acarretando inclusive em doenças mais graves com o passar do tempo.

Quando a insônia é algo recorrente, pode ser um sinal de que você está vivendo um momento de estresse e precisa se cuidar.

Um psicólogo pode lhe ajudar a controlar e compreender melhor circunstâncias mal resolvidas e que lhe retiram a sensação de tranquilidade e bem-estar.

Sensação de cansaço

Quando a sensação de cansaço não termina, mesmo após um período satisfatório de descanso, pode ser sinal de estresse.

Passar um final de semana inteiro descansando, e chegar na segunda-feira com a sensação de que esse tempo não foi suficiente, pode estar relacionado a uma condição de alerta intermitente, onde mesmo em um estado de relaxamento a musculatura do corpo se mantém rija, provocando a sensação de que nunca se consegue descansar por completo.

Esta sensação provém da espiral que já listamos até aqui, ansiedade, irritabilidade, insônia; as três juntas ou não, tendem a provocar sensações que acarretam o cansaço crônico.

E, que por sua vez, podem levar a procrastinação, a falta de interesse pelas coisas, isolamento, e por aí vai, até chegar a estados depressivos e ansiosos.

Fique atento se o seu cansaço vem acompanhado de situações como as relatadas até aqui, este sintoma além de trazer prejuízos para o seu dia a dia, pode provocar uma série de situações que colaboram para o desenvolvimento de doenças físicas e psíquicas.

Dores e tonturas

É muito comum uma pessoa que esteja sob estresse relatar dores musculares, principalmente na região do músculo trapézio, o que fica abaixo do pescoço e entre os ombros.

A grande correlação destas dores e o estresse é que os hormônios ACTH e Cortisol são também os hormônios do estresse.

Assim, a tensão muscular reduz a quantidade de oxigênio e nutrientes que deveriam chegar até a musculatura provocando as dores.

Assim, a tensão nos músculos de uma pessoa estressada pode resultar em dores como as da fibromialgia, por exemplo. Muitas vezes, quem sofre desse mal também relata tonturas frequentes, náuseas, dor no peito e taquicardia.

As dores musculares ou sensações de tontura são basicamente um dos efeitos em cascata do estresse e da ansiedade, pela liberação do cortisol e o acionamento da amígdala sem que o estímulo de perigo esteja presente.

Sem a devida atenção o ciclo vicioso entre estresse e dores nas costas se inicia, acarretando no efeito em cascata do cansaço crônico, insônia e assim por diante.

É muito importante que você esteja atento ao nível de rigidez da sua musculatura e o período que sente constantes dores pelo enrijecimento dos seus músculos.

Se você sente estes sintomas na maior parte do tempo, não deixe de buscar ajuda. Afinal, um problema leva a outro, não se esqueça!

Negatividade

Uma pessoa estressada também tende a ver o mundo com olhos de negatividade. A sensação de que tudo dá errado e de que nada tem um propósito, pode ser um dos sintomas desse mal.

Diante desse pensamento, também é possível notar variações de humor na maioria dos casos.

Sob estresse as evidências ou circunstâncias da vida ao qual a pessoa está exposta estão relacionados ao seu descontentamento com algo que não vai de encontro com seus interesses ou valores.

Neste caso é comum notar uma circunstância que aparentemente não tem como dar errado, com um certo pessimismo.

Pensamentos como: “isto só acontece comigo”, “ninguém gosta de mim”, “eu não sou capaz”, entre vários outros, são gatilhos para provocar sentimentos de tristeza, angústia, raiva e medo por exemplo.

E então comportamentos hostis ou de isolamento acabam fazendo parte do dia a dia, tornando a vida desgostosa, infeliz e dolorida.

Se as situações da sua vida estão, em sua maioria, em desacordo com a sua maneira de pensar. É provável que os diversos sintomas do estresse já estejam alojados no seu dia a dia. Você tem notado algo a respeito?

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Falta de concentração

A falta de concentração é um outro sintoma frequente do estresse, assim como falhas de memória. O estresse deixa o cérebro em estado de alerta constante.

Essa condição pode fazer a pessoa esquecer de fatos e compromissos importantes ou impedir que ela foque em algo que precisa de sua atenção.

Estas duas funções executivas do cérebro, atenção e memória, são essenciais em nosso dia a dia, e um impacto sobre elas acaba comprometendo a eficiência da pessoa em atividades que antes para ela eram comuns.

Uma vez que a pessoa não consegue realizá-las, irá retroalimentar o negativismo, consecutivamente a irritabilidade, ansiedade, insônia, a sensação de cansaço, as dores no corpo, entre outros sintomas.

É importante ressaltar que o stress não é fácil de ser detectado, uma vez que seus sintomas são compatíveis com os de diversas outras condições e circunstâncias.

Por isso, é necessário observar-se e avaliar se ocorreu recentemente alguma situação particularmente estressante ou se o seu estilo de vida está exigindo demais de você.

Se a resposta for positiva, procure um profissional de confiança para lhe ajudar.

Uma orientação psicológica pode ajudá-lo a identificar o estresse e encontrar a melhor forma de combatê-lo. Podemos dizer que a principal ação contra o estresse é a mudança de hábitos, levando a pessoa a entender seus problemas e encarar o dia a dia de maneira diferente.

Dessa forma, é possível viver com mais tranquilidade e aceitar as situações de uma maneira mais leve!

Referências

DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2a. Ed. – Porto Alegre: Editora Artmed. 2008.

Estresse: Como funciona, sintomas e soluções. PORTAL G1. Link de acesso: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/estresse-como-funciona-sintomas-e-solucoes.ghtml. Acessado em: 27/07/2018.MACHADO, Angelo B. M., HAERTEL, Lucia Machado. Neuroanatomia Funcional. 3a. Ed. – São Paulo: Editora Atheneu. 2014.

 

Você já passou por alguma situação de stress? E sabia que pode ter uma orientação psicológica pela Internet?

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Keith Lee P G F Afonso
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