A Comunicação Não-Violenta-CNV para o psicólogo Marshall Rosenberg é uma forma de se expressar honestamente com habilidades na linguagem e comunicação.
Primeiro sendo ouvinte observador para depois reformular a maneira de dar respostas conscientes e claras, com sentimentos, com valores, recebendo com empatia e compreendendo a necessidade do outro, demonstrando as suas necessidades também, e fazendo pedidos claros.
Como funciona o processo de comunicação não-violenta?
Esse processo de CNV pode ser bem compreendido conhecendo as suas quatro áreas:
1. Observação
Pura observação do fato, sem julgar nem avaliar, evitando falácias (verbos, adjetivos e advérbios: é, legal, certeza, péssimo, muito…). Mas pode claramente dizer o que agrada ou não naquilo que a pessoa está dizendo.
2. Sentimento
Identificar o sentimento gerado em você (mágoa, alegria, tristeza, dúvida, conforto, raiva e etc.), e expressar nitidamente: “Estou me sentindo…”, “Sinto-me…”. Evitar falas de incerteza ou dúvida: “Acho que…”, “Como se…”.
3. Necessidade
Reconhecer quais as suas necessidades, valores e desejos que estão ligadas a esse sentimento emergido. Isto serve de estímulo a uma próxima reação.
4. Pedido
Este último passo deve ser um pedido com mensagem clara de uma ação concreta, e pode ser repetido com pedido de certificação de real entendimento. Cuide para expressar positivamente o que você está pedindo (“Faça silêncio!”) e evite expressar negativamente aquilo que não está pedindo (“Não faça barulho!”).
Exemplos práticos
Para exemplificar a expressão destes componentes em uma comunicação, transcrevo o exemplo de Rosenberg do pedido de uma mãe para seu filho:
“Roberto, (1)quando eu vejo duas bolas de meias sujas debaixo da mesinha e mais três perto da TV,(2) fico irritada,(3)porque preciso de mais ordem no espaço que usamos em comum. (4)Você poderia colocar suas meias no seu quarto ou na lavadora?”.
Leia mais um exemplo para ratificar seu entendimento:
“Joana, (1)eu vi que você chegou atrasada,(2) estou preocupado,(3)nós precisamos de você para nos ajudar. (4)Você poderia me contar o que aconteceu?”.
Além desta forma de conduzir um diálogo, é indispensável cuidar para deixar de expressar formas que alienam nosso estado compassivo natural:
– julgamentos moralizadores (culpa, insulto, rotulação, comparação…);
– negação de responsabilidades;
– falas de falta de escolhas;
– falas exigentes;
– sentir responsabilidade pelo sentimento do outro.
Esta apresentação é apenas um pequeno esboço da teoria de Rosenberg, que vai além e descreve como pode ser usada em inúmeras situações, ambientes, com diferentes idades, e ainda com agressividade verbal.
Sendo ótima para acalmar e desarmar verbalmente o outro que está falando e agindo de forma ostensiva.
Qual a importância da comunicação e como desenvolvê-la?
A comunicação é essencial na nossa vida, através dela recebemos e transmitimos informações. No entanto, nem sempre sabemos fazer isso de forma congruente, às vezes por falta de desenvolver habilidades e por ruídos que interferem.
Então dedicar um tempo para aprender mais sobre isso é importantíssimo, dedique-se buscando informação e orientação psicológica!
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