Depressão pós parto e Baby Blues, você sabe a diferença? Como Prevenir? Fatores de Riscos e Tratamentos!

Depressão pós parto e Baby Blues, você sabe a diferença? Como Prevenir? Fatores de Riscos e Tratamentos!

Afinal o que é o pós-parto?

O pós-parto é um período de adaptação para a mulher, diversas mudanças biológicas e psicológicas acontecem e muita das vezes estas não consegue vivenciar o luto da vida que tinha antes do bebê nascer, como, por exemplo, passeios com amigos, saídas rápidas ou demoradas, sozinha, comer e tomar um banho tranquilo, acordar a hora que quiser, muitas não conseguem nem mais voltar para o mercado de trabalho, precisando deixar para trás muitas coisas de que gostava de fazer ao assumir a maternidade e quando não sabem lidar com tais frustrações, podem afetar sua saúde mental, gerando o baby blues e/ou a depressão pós-parto, até outras doenças significativas.

Baby blues

O baby blues é uma melancolia, um curto período de emoções voláteis, onde a puérpera não entende a confusão de sentimentos que está passando. Um período que a mãe começa a ter contato com o bebê real, precisando lidar com o novo papel da maternidade, podendo ocorrer depois do 3° dia da chegada do bebê em casa e durar até 45 dias. Ultrapassando esses 45 dias, a permanência dos sintomas pode ser considerada depressão pós-parto.

Os sintomas mais comuns do baby blues são:

  • Sentimentos mais voláteis;
  • Tristeza sem explicação;
  • Ocorrência de choro por qualquer motivo;
  • Sentimento de incapacidade e fragilidade;
  • Irritar-se com facilidade;
  • Desânimos sem motivo aparente, podendo ocorrer episódios em que a mãe demonstre uma grande preocupação com o bebê, não conseguindo dormir, checando várias vezes se o bebê está bem.

O baby blues não é uma doença, inclusive é considerado normal, é um pico hormonal e psicológico que a mulher vivência nesse período do pós-parto, não necessitando de intervenções farmacológicas. A puérpera precisa de uma boa rede de apoio nesse momento.

Depressão pós-parto

Já a depressão pós-parto é uma doença que precisa de ajuda de profissionais qualificados para uma melhora no quadro. Especialistas afirmam que esses sintomas começam a serem apresentados na gravidez. A mulher já estava apresentando sintomas significativos e não foi dado a devida atenção, ocorrendo um agravo depois do nascimento do bebê.

Os sintomas mais comuns da depressão pós parto são:

  • Ideia de culpa, de inutilidade, podendo ter ocorrência de ideações suicidas;
  • Desesperança;
  • Mudanças de humor;
  • Falta de desejo de praticar auto cuidado;
  • Insônia;
  • Pesadelos ou privação de sono;
  • Choro;
  • Raiva;
  • Tristeza;
  • Perda de apetite,
  • Dentre outros.

Podendo a mãe rejeitar o bebê e apresentar uma maior dificuldade para criar um vínculo.

Fatores de riscos

Mulheres que já tiveram qualquer tipo de transtorno psicológico são mais propensas a ter depressão pós-parto, além disso, também são fatores de risco:

  • Gravidez indesejada ou não planejada;
  • Aborto;
  • Estresse durante a gravidez (violência doméstica, problemas financeiros e/ou familiares);
  • Falta de apoio da família,
  • Parceiro e amigo;
  • Limitações físicas antes, durante ou depois do parto;
  • Transtorno bipolar;
  • Histórico familiar;
  • Histórico de desordem disfórica pré-menstrual (PMDD), uma forma grave de tensão pré- menstrual (TPM).

Como prevenir

No baby blues não há como prevenir, pois, é ocasionado por hormônios naturais do corpo humano, então, algumas mulheres terão vários sintomas e outras não. Uma forma de auxiliar, antes ou durante a gestação, é buscar informações com profissionais e conversar sobre o assunto com a família.

Na depressão pós-parto é importante que a mãe consiga dormir bem, tenha uma alimentação saudável e faça os exercícios recomendados no pós-parto. Essas atividades servem para tirar a mãe de casa e da rotina do bebê para que tenha um momento para si mesma, então, arranje tempo de qualidade para si mesma, evite ficar sozinha, evite cafeína, álcool, outras drogas ou medicamentos, a menos que seu médico tenha receitado, faça um check-up com seu obstetra no pós-natal para tirar qualquer dúvida se você tem ou não depressão pós-parto.

Tenha uma rede de apoio tanto para o baby blues quanto para a depressão pós-parto! Seu cônjuge, sua família, amigos que possam ajudar a passar por esses momento

Como ajudar?

Essa mamãe, que está passando por esse período, precisa muito do apoio do companheiro, da família e dos amigos; sem julgamentos, sem lição de moral, apenas o apoio e ajuda com os afazeres do lar e com o bebê. A apresentação desses sintomas prejudica também o bebê, podendo até afetar a relação do vínculo mãe-bebê, que nesse período é muito importante para os dois.

Para o baby blues não é necessário nenhum tipo de tratamento, mas um acompanhamento psicológico pode ajudar nos sentimentos que esteja vivenciando nesse momento do puerpério. É muito importante também uma rede de apoio, para que a mamãe consiga lidar com esse período, na regulação dos hormônios e acostumar com a nova rotina.

Para a depressão pós-parto, é necessário realizar psicoterapia junto com remédios receitados pelo psiquiatra em casos mais graves, sendo importante possuir uma rede de cuidado profissional para orientações nos seus cuidados e do bebê. O apoio da família é extremamente necessário para o tratamento, mulheres que não possuem apoio, podem desenvolver sintomas mais intensos, dessa forma é importante ter pessoas acolhedoras por perto. Se não for tratada, o quadro pode se agravar e levar a tentativas de suicídio e abandono do bebê.

Portanto, procure ajuda de profissionais qualificados sempre que sentirem vontade, para esclarecer dúvidas ou ter algum tipo de diagnóstico mais preciso sobre adoecimento mental e um acompanhamento mais de perto.

Bibliografia

  1. SCHWENGBER, D.; PICCININI, C. O impacto da depressão pós-parto para a interação mãe-bebê. Estudos de Psicologia (Natal) [online]. 2003, v. 8, n. 3, pp. 403-411.
  2. IACONELLI, V. Depressão Pós-Parto, Psicose Pós-Parto e Tristeza Materna. Revista Pediatria Moderna, v. 41, n. 4, jul/ago. 2005.
Lidiane Duarte de Souza Benetti
Deixe seu comentário aqui
Assine nossa newsletter

Outros posts que você também pode gostar

Assine nossa newsletter

Fique por dentro dos melhores conteúdos sobre bem-estar, saúde e qualidade de vida

Saúde mental, bem-estar e inovação que seu colaborador precisa

Através do nosso programa de saúde mental, as empresas reduzem perdas com afastamento do trabalho por demandas emocionais.