O quanto ser disléxico atrapalha a ter uma vida normal?

dislexia pixabay
O quanto ser disléxico atrapalha a ter uma vida normal?

Quantas vezes ao conversamos sobre o que é a vida, não escutamos que “a vida é uma escola”?Tal afirmação dá o indicativo do quanto é importante estarmos abertos a aprender e do quanto o processo de aprendizagem é fundamental para uma vida harmoniosa na qual possamos modificar nossos comportamentos e expandir a mente na direção de novas ideias e concepções.

A comunicação, assim como as capacidades de observar, sentir, vivenciar, interagir, falar, ler, escrever e etc. são fundamentais para que o ser humano possa adaptar-se e saiba lidar com a vida, resolvendo seus impasses e extraindo o que ela possa oferecer de bom. E todas essas habilidades estão intimamente ligadas ao processo de aprendizagem.

Entretanto, nem sempre tais habilidades se desenvolvem da mesma forma para todas as pessoas. É verdade que somos únicos e assim apresentamos formas diferentes de aprender e viver, mas é possível ocorrer entraves que podem atrapalhar no desenvolvimento habitual de certas capacidades, sendo esse o caso do que ocorre dos portadores da dislexia.

Com a dislexia afeta a leitura e o aprendizado

Ao pensarmos no ser humano, precisamos lembrar que somos seres de sociais, que a comunicação é fundamental para que possamos viver e nos desenvolver, pois é através dela que interagimos e desenvolvemos a nossa inteligência e habilidades. Dessa forma,  a leitura é fundamental para que se possa adquirir a escrita e o desenvolvimento  do processo comunicacional.

As competências de leitura e escrita se desenvolvem a partir do bom funcionamento das conexões neuronais das diferentes áreas do cérebro. O que ocorre no caso de dislexia é que a “circuitaria cerebral” não funciona da forma adequada e habitual.

Dessa forma, esse transtorno modifica a forma como se dá a aprendizagem das crianças, resultando em dificuldades no processo de alfabetização, reconhecimento e identificação do som, forma e características diferenciais de cada letras.

A dislexia também pode se manifestar em pessoas que anteriormente não possuíam dificuldades de leitura e aprendizado , mas começam a demonstrar os sintomas do transtorno após lesão do sistema nervoso central em função de patologias neurológicas ou acidentes.  

A criança com dislexia

A dificuldade do reconhecimento da correspondência entre os símbolo gráficos e os fonemas, bem como na transformação de signos escritos em signos verbais, é capaz de perturbar a aprendizagem da leitura e, consequentemente, todo o caminho de aprendizado da criança disléxica.

Essas crianças vão precisar de um maior esforço para compreender, memorizar, interpretar e raciocinar conteúdos veiculados através da leitura e escrita, o que pode afetar outras áreas de suas vidas. Pois, o entendimento das sílabas, palavras e frases, possibilita a comunicação, a interação entre as pessoas, o desenvolvimento das inteligências e a vida em comunidade através do compartilhamento de pensamentos, ideias e mensagens

O papel dos pais e professores

Professores e pais precisam de orientação profissional e boa dose de paciência, carinho e aceitação dessas características apresentadas pelo aluno e filho para que possam ajudá-lo, criando um ambiente de acolhimento e incentivo.

A cobrança excessiva é sempre inadequada. A forma específica de aprender, faz com que a criança e a pessoa disléxica tenham a necessidade de intervenções específicas (neuropediatra, fonoaudiologia, psicologia, etc), a fim de minorar as dificuldades e tornar o aprender mais fácil e prazeroso.

Os entraves iniciais de aprendizado levam as crianças a desenvolver sentimentos de frustração e inadequação frente aos colegas que estão se alfabetizando com mais facilidade. Essa situação pode cristalizar problemas psicológicos que vão merecer atenção profissional especializada.

Portanto, ao falar de dislexia é correto afirmar que se trata de um dificuldade, e não impossibilidade, de leitura. Diferente de casos mais graves nos quais as pessoas não tem acesso ao mundo simbólico de letras e números.

Convivendo com a dislexia

É importante deixar claro que o disléxico pode levar uma vida normal desde que suas dificuldades sejam identificadas, aceitas e trabalhadas. Não é benéfico utilizar o mecanismo de defesa de negação dos problemas nesses casos. O que de fato pode ajudar essas pessoas a lidarem com seus entraves, é o enfrentamento dos mesmos e isso exige coragem e determinação.

Sabemos de casos de pessoas, profissionais, artistas famosos e bem sucedidos que conseguem viver e realizar conquistas convivendo com a dislexia. Temos os exemplos do diretor de filmes Steven Spielberg, a cantora Cher, os atores Tom Cruise, Whoopi Golberg e Felipe Titto. Há indícios de que até mesmo o genial cientista Albert Einstein era portador de dislexia.

Em todos esses casos, temos histórias de vida marcadas pelo enfrentamento corajoso das dificuldades que levam cada pessoa e cada família a buscar os caminhos da superação.

desenho de uma família e um convite para download de ebook

Claudia Tavares de Oliveira
Últimos posts por Claudia Tavares de Oliveira (exibir todos)
Deixe seu comentário aqui
Assine nossa newsletter

Outros posts que você também pode gostar

Assine nossa newsletter

Fique por dentro dos melhores conteúdos sobre bem-estar, saúde e qualidade de vida

Saúde mental, bem-estar e inovação que seu colaborador precisa

Através do nosso programa de saúde mental, as empresas reduzem perdas com afastamento do trabalho por demandas emocionais.