A frustração é um estado emocional que ocorre quando um desejo ou uma necessidade não são realizados. Sua intensidade está diretamente relacionada ao tamanho das expectativas: quanto mais energia você investe para que algo aconteça, mais frustrado se sente quando as coisas não saem como planejado.
Apesar de ser inerente à experiência — não dá para ter tudo que a gente quer o tempo todo — muitas pessoas encontram enorme dificuldade em lidar com a sensação de impotência que a frustração traz.
Pensando nisso, separamos algumas dicas que vão ajudar você a lidar com esse sentimento e transformá-lo em oportunidades de dar a volta por cima. Vamos lá?
Encare a frustração como uma oportunidade de crescimento
Embora possa remeter à sensação de fracasso, a frustração é importantíssima para a constituição psicológica dos indivíduos. Em níveis suportáveis, ela ajuda a desenvolver a capacidade de adiar a gratificação, fator fundamental para o bom convívio em sociedade.
Quem tem filhos sabe como é importante colocar limites, uma vez que eles mostram que nem sempre a vida é do jeito que a gente quer. Portanto, aceite você também que não dá para ter controle sobre tudo e use esse sentimento como combustível para desenvolver a sua criatividade e resiliência.
Se algo não deu certo, veja como você pode contornar a situação para alcançar seus objetivos ou simplesmente encare o fato como uma oportunidade de mudança e de encontro de novos propósitos.
Invista em autoconhecimento
De que maneira você costumar reagir aos problemas? Será que está conseguindo gerenciar as suas emoções de forma equilibrada na hora de encarar desafios ou você simplesmente deixa que elas determinem suas ações?
No best seller Inteligência Emocional: A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente, o psicólogo americano Daniel Goleman afirma que quanto mais o indivíduo tiver conhecimento sobre suas emoções, maior será a capacidade de gerenciá-las de maneira inteligente.
Ao entender porque você reage de determinada maneira a uma situação, terá melhores condições de escolher de forma consciente como vai lidar com ela, em vez de se deixar dominar por sentimentos derrotistas.
Comece a prestar mais atenção ao que você sente e tente relacionar os sentimentos às situações que os desencadearam. Faça um diário se achar que ele facilitará essa missão. Com o tempo, conseguirá identificar alguns padrões emocionais e comportamentais que precisam ser trabalhados.
Busque a ajuda de um profissional
É inevitável que, pelo menos, em algum momento da vida tenhamos de lidar com a frustração. Não temos controle sobre tudo o que acontece à nossa volta e devemos aceitar que não somos onipotentes. Entretanto, se as frustrações estiverem ocupando um espaço muito grande na sua vida, ao ponto de causarem danos à saúde física e mental, é hora de considerar a ajuda de um profissional.
Conversar com alguém capacitado e que tenha a habilidade de entender a complexidade das emoções humanas torna mais fácil o enfrentamento de situações difíceis de serem superadas. Nesse sentido, o psicólogo é um grande aliado na resolução de problemas que aparentam não ter solução e no manejo de sentimentos complicados.
Viu como a frustração não precisa ser vista como algo terrível? Ela nos ensina que o controle é uma ilusão e que precisamos estar sempre abertos a mudar de direção e a encontrar novas formas de gerenciar as emoções. Se for difícil fazer tudo isso sozinho, lembre-se de que o profissional de psicologia está aí para ajudá-lo a tornar esse processo menos angustiante!
E por falar nesse assunto, você sabia que essa sensação pode ser um sinal de boa saúde mental? Não? Então, confira também nosso artigo sobre angústia!
Referências:
Cutler, Howard C. A arte da felicidade no trabalho. WWF Martins Fontes, 2017.
de Oliveira, Álvaro Vinícios Almeida, et al. “Equilíbrio Entre Vida Pessoal e Profissional: Um Estudo Com Docentes Universitários.” UFAM Business Review-UFAMBR 2.2 (2020): 20-33.
Magalhaes, Maisa Ribeiro, Bráulio Emílio Maciel Faria, and Résia Silva de Morais. “PENSANDO E VIVENDO A ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL.” Psicologia e Saúde em debate 5.Suppl. 1 (2019): 52-58.
Farsen, Thaís Cristine, et al. “Qualidade de vida, Bem-estar e Felicidade no Trabalho: sinônimos ou conceitos que se diferenciam?.” Interação em Psicologia 22.1 (2018).
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