Gestão de conflitos: Entenda o que é, como fazer, e sua relação com ambientes diversos

Gestão de conflitos: Entenda o que é, como fazer, e sua relação com ambientes diversos

Para que uma empresa alcance seus objetivos, ela deve ter um time que funcione como uma orquestra. Assim, é necessário que cada instrumento esteja alinhado e em harmonia com o do colega de equipe, para que a música aconteça. 

Mas um bom gestor de pessoas sabe que, em um ambiente organizacional, onde há diferentes perfis comportamentais, é preciso trabalhar em prol de um propósito, porém é comum que ocorram divergências. 

Nesse momento, fazer uma boa gestão de conflitos faz toda a diferença. 

Afinal, um bom clima organizacional é fundamental para que o capital humano da empresa se sinta motivado e engajado, proporcionando os melhores resultados para o negócio

Nesse âmbito, o RH tem um papel fundamental: trabalhar estrategicamente na resolução de problemas e conflitos, para que nenhum talento queira deixar a empresa. 

Ficou curioso em entender melhor sobre a gestão de conflitos, como realizá-la e qual a sua relação com os mais diversos ambientes? Continue a leitura até o final e fique por dentro do assunto!

O que é gestão de conflitos?

Trata-se de um conjunto de ações e estratégias que buscam minimizar situações conflituosas. Além disso, a gestão de conflitos tem como objetivo transformar esses diferentes pontos de vista, interesse e valores, em momentos de aprendizado ou algo produtivo. 

Antes, conflitos em ambientes organizacionais eram vistos como um tabu. Mas graças ao avanço nas áreas de recursos humanos e gestão de pessoas, hoje, entende-se que cada indivíduo é único e tem diferentes valores, crenças, experiências culturais e objetivos de vida. Logo, é natural que haja conflitos. 

Considerado uma referência na área de gestão de pessoas, Idalberto Chiavenato ressaltou em uma de suas obras: “o conflito desperta os sentimentos, estimula energias, fortalece sentimentos de identidades com os objetivos e interesses, chama atenção para os problemas e testa a forma como são ajustadas as diferenças entre as partes envolvidas”. 

Logo, podemos entender que conflitos podem ser sim positivos, quando os mesmos são bem geridos, estimulam debates, novas ideias, mudanças de comportamento, dentre outras ações que fazem com que a empresa evolua e tenha uma cultura organizacional cada vez mais saudável. 

Quais os benefícios da gestão de conflitos?

No tópico anterior, comentamos que é normal a ocorrência de conflitos em uma empresa e que eles também podem trazer melhorias para o time quando bem administrados. Agora, conheça outros benefícios da gestão de conflitos. 

Reduz o turnover

Um dos principais motivos que leva um colaborador a deixar a empresa é a falta de harmonia nas relações interpessoais com os demais membros do time. 

Afinal, cada vez mais as pessoas passam a maior parte do seu dia na empresa. Sendo assim, um clima organizacional ruim contribui tanto para o aumento do absenteísmo quanto para o turnover.

Logo, uma boa gestão de conflitos faz com que exista uma cultura de diálogo dentro da empresa, reduzindo conversas paralelas e fofocas, pelo fato de que todos se sentirão mais à vontade para expressar seus sentimentos e ideias, abrindo um caminho para a resolução de problemas no dia a dia. 

Torna a empresa competitiva no mercado

Gerir conflitos de maneira estratégica traz melhorias para a saúde mental, proporciona equilíbrio para o time, fazendo com que cada colaborador realize seu papel com motivação e engajamento.

Assim, a empresa terá como resultado profissionais de alta performance, fazendo com que essa qualidade na execução das tarefas chegue ao consumidor final. 

Ainda, a organização estará fidelizando clientes que também falarão bem da sua marca para amigos, familiares e até mesmo, nas redes sociais, aumentando a competitividade no mercado.

Fortalece a cultura

Quando a empresa demonstra interesse em resolver conflitos o sentimento de pertencimento do colaborador aumenta, fortalecendo a cultura organizacional. 

Isso porque, a cultura do diálogo proporciona o alinhamento dos valores éticos e morais, fazendo com que os colaboradores se sintam “em casa” e trabalhem em harmonia, em prol da missão da empresa.

Como realizar a gestão de conflitos?

Agora que você entendeu melhor o que é a gestão de conflitos e seus benefícios, vamos apresentar um passo a passo para fazê-la de forma assertiva na empresa. Continue acompanhando!

#1 – Conheça seus colaboradores

O primeiro passo para uma boa gestão de conflitos é conhecer profundamente seus colaboradores. Nesse sentido, realizar o mapeamento do perfil comportamental de cada um será benéfico. 

Por meio do mapeamento comportamental, além de saber quais são as soft e hard skills do colaborador, você, como membro do RH ou gestor, consegue entender o que motiva ou desmotiva o profissional e o mais importante: como ele se comporta diante das mais diversas situações. 

Assim, você conseguirá ser mais estratégico na gestão de conflitos, transformando as divergências em algo que venha agregar para o crescimento do profissional e da empresa.

#2 – Identifique os problemas

Agora que você já sabe tudo sobre os perfis comportamentais presentes no time, é preciso mapear onde estão os conflitos.

Para isso, uma dica de ouro está no investimento em uma boa comunicação interna. Para tanto, utilize feedbacks e reuniões one-on-one. 

Assim, você não somente apontará o que precisa ser melhorado, mas também ouvirá as percepções e ideias do colaborador sobre os demais colegas de equipe e também sobre a empresa. 

Outra dica é realizar pesquisas de clima organizacional de forma periódica. Isso porque, nem todos os colaboradores se sentem à vontade em falar pessoalmente sobre situações que trazem conflitos. 

Logo, a pesquisa de clima organizacional pode ser uma ótima ferramenta de gestão de conflitos, pelo fato de poder ser realizada de forma anônima.

#3 – Seja neutro

Cada líder conta com seu próprio modelo de gestão. Mas em uma gestão de conflitos é essencial se manter neutro. Logo, saiba escutar ambos os lados sem expressar sua opinião em um primeiro momento. 

Assim, após listar as opiniões e pontos de vista de cada um dos envolvidos, busque ações e estratégias para resolver o conflito de uma forma que todos fiquem satisfeitos. 

#4 – Planeje ações

Como já citamos, o gestor deve agir como um conciliador na gestão de conflitos, ou seja, precisa buscar soluções que beneficiem ambas as partes, para que todos fiquem satisfeitos e engajados. 

Mas é importante também entender que nem todo conflito se resolve de forma imediata. Por isso, é essencial estabelecer prazos.

Por exemplo, em um conflito em que o colaborador se sente desmotivado no cargo que ocupa, procure elaborar um plano de desenvolvimento individual e também um plano de carreira, no qual, gradativamente, ele será desenvolvido e poderá crescer dentro da empresa.

Assim, ambas as partes saem ganhando, tanto o colaborador que se desenvolverá como profissional quanto a empresa, que terá no seu time um profissional motivado a crescer e que alcançará cada vez mais uma melhor performance, trazendo resultados incríveis para o negócio. 

Quais cuidados devem ser tomados na gestão de conflitos em ambientes diversos?

Sabemos que os conflitos não acontecem somente dentro do ambiente corporativo, mas também nas relações pessoais e familiares. Como consequência, conflitos externos exercem influência na motivação e na produtividade do colaborador. 

Nesse âmbito, uma das soft skills mais importantes a serem trabalhadas com os colaboradores é a inteligência emocional

Segundo pesquisas realizadas pelo Dr. Travis Bradberry, co-autor do best-seller Emotional Intelligence 2.0, a habilidade corresponde a aproximadamente 58% da nossa performance profissional, por isso, ela é considerada uma das habilidades profissionais mais importantes da atualidade.

Ter inteligência emocional nada mais é que saber se colocar no lugar do outro, fazendo com que o indivíduo seja mais empático em lidar com as emoções e atitudes do próximo, reduzindo conflitos e estimulando a busca de soluções. 

É por meio dela que são desenvolvidas habilidades comportamentais para o gerenciamento de conflitos e a superação de desafios. 

Assim, quando você, profissional da área de RH, busca ações e estratégias que fortaleçam a inteligência emocional, como oferecer atendimento psicológico gratuito ou técnicas de coaching, você não está somente desenvolvendo um profissional mais produtivo, mas também um ser humano melhor e mais inteligente em todos os âmbitos. 

Desse modo, quando surgirem conflitos dentro da empresa, você terá um time com a saúde mental em dia, que estará preparado para ouvir e dar feedbacks construtivos e cheio de ideias para resolver qualquer desafio no trabalho!

Ainda, divergências no ambiente organizacional são uma realidade e a gestão de conflitos existe para que pessoas diferentes, com pensamentos e culturas distintas possam viver de forma colaborativa em prol dos objetivos da organização.

Por isso, você, como membro do RH, deve estar com a inteligência emocional em dia e munido das ferramentas de gestão de pessoas para lidar com esses momentos buscando a melhor maneira de solucioná-los com uma boa gestão de conflitos. 

Pensando em auxiliar você nesse assunto, a Sólides preparou um e-book completo sobre pesquisa de clima organizacional, uma das principais ferramentas para identificar e resolver conflitos. Então, aproveite a oportunidade para ler agora mesmo!

Este artigo foi escrito pela Sólides, plataforma completa de gestão de pessoas.

Referências:

  1. https://blog.solides.com.br/como-fazer-gestao-de-conflitos-nas-organizacoes/
  2. https://exame.dev/carreira/5-habilidades-para-melhorar-sua-empregabilidade-segundo-a-bettha/
Sólides
Deixe seu comentário aqui
Assine nossa newsletter

Outros posts que você também pode gostar

Assine nossa newsletter

Fique por dentro dos melhores conteúdos sobre bem-estar, saúde e qualidade de vida

Saúde mental, bem-estar e inovação que seu colaborador precisa

Através do nosso programa de saúde mental, as empresas reduzem perdas com afastamento do trabalho por demandas emocionais.