dentificar e solucionar conflitos entre os colaboradores é parte da rotina de trabalho de todo gestor. Nem por isso, é uma tarefa agradável, pois essas situações representam um desafio a quem exerce liderança na empresa — no sentido de que, muitas vezes, é necessário ministrar um “remédio amargo” para pacificar o ambiente.
Saber quando há algo errado acontecendo dentro da equipe e agir de modo a solucionar rapidamente o problema é vital para impedir que um simples “foco de incêndio” se alastre, transformando o que poderia ser apenas um mal-entendido numa séria ameaça ao rendimento da equipe.
Neste post, vamos falar sobre as situações que mais geram atrito entre os colaboradores e mostrar como você pode identificar e solucionar esses conflitos. Acompanhe:
Como os conflitos ocorrem?
Antes de mais nada, devemos frisar que é da natureza das pessoas envolver-se em conflitos. Em certa medida, eles são até necessários, visto que não há avanço quando todo mundo pensa igual. É preciso haver embate para que novas ideias floresçam, inovações surjam, dilemas sejam solucionados.
Mas há conflitos que não trazem nenhum desses benefícios. São aqueles que minam a harmonia do grupo, geram pequenos atritos que crescem e tornam o ambiente pesado, provocando discussões gratuitas, desconfiança e desestímulo.
Mas por que isso acontece? Normalmente, há uma insatisfação em nível pessoal envolvida, que acaba sendo externada e resulta em atrito com os demais. O salário não está de acordo com o esperado ou as perspectivas de crescimento não contemplam as expectativas, deixando o colaborador irritadiço e mal-humorado, por exemplo.
Pode haver também ruídos na comunicação, falta de compreensão dos processos organizacionais, uma incompatibilidade de gênios, competição ou inveja pelo crédito atribuído aos outros, maledicências e fofocas com livre trânsito nos corredores, discriminação, enfim, basta que um único membro da equipe demonstre comportamento antissocial para que todo o grupo se perca.
Em casos extremos, é preciso cortar o mal pela raiz. Mas dá para identificar a ameaça antes mesmo de se chegar a tanto.
Como identificá-los?
O olhar atento é fundamental para prevenir correntes ou futuros conflitos.
Observe, principalmente, se não há mudanças sutis no comportamento usual de seus colaboradores. A própria expressão corporal pode dar indicativos de que algo está errado. Perceba se não há semblantes fechados ou olhares dispersos, se alguém demonstra desconforto na presença de um colega durante as reuniões ou se mantém distante dos demais.
Verifique também a comunicação do grupo, se há frases ríspidas ou cobranças fora de contexto.
Por fim, fique alerta para eventuais quedas no rendimento. Se o colaborador começar a apresentar números de desempenho abaixo da média, é provável que alguma coisa vai mal.
Só tome cuidado para não exagerar. A observação deve ser cuidadosa e sutil, para que não pareça ao grupo que ele está sob severa — e incômoda — vigilância.
Como solucioná-los?
Uma vez identificado o problema, é necessário agir. Como já dissemos, mediar conflitos não é uma tarefa prazerosa, o que pode tentar o gestor a deixar o barco correr, na esperança de que tudo se resolva sozinho. Não é uma boa política, já que a tendência é que o cenário piore.
Assim, enfrente a situação. Porém, faça-o com tato e calma, privilegiando o diálogo. Num primeiro momento, chame cada uma das partes para uma conversa franca. Ouça suas reclamações, esclareça seus pontos de vista e pondere a respeito.
Em seguida, reúna-se com ambos e busque uma alternativa em conjunto. Aja como um mediador neutro, sem tomar partido de um dos lados. Demonstre confiança e simpatia, mas mantenha sua posição como o responsável por dar a palavra final.
Em alguns casos, pode ser necessário recorrer a estratégias de Coaching para ajudar seus colaboradores a redefinir valores e expectativas em relação à empresa, ou a atividades com a equipe que reforcem a integração e o sentido de comunidade do grupo.
Nesse quesito, exercícios de Team Building (desafios radicais ao ar livre voltados a grupos corporativos) são uma eficiente maneira de aproximar o pessoal e manter o entusiasmo em alta. Portanto, tato e decisão são essenciais para identificar e solucionar conflitos entre os colaboradores.
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Referência:
Caldana, Adriana Cristina Ferreira. Diálogo com Gestores: Desafios e Estratégias em RH. Paco Editorial, 2018.
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