Autoconhecimento: seu significado e sua prática

Autoconhecimento: seu significado e sua prática

Entendendo o autoconhecimento

Autoconhecimento nada mais é do que a consciência que temos de nós mesmos, ou seja, é conhecer a si mesmo, é ato de olhar para si mesmo.

A partir do auto olhar é possível relatar e analisar os próprios comportamentos, reconhecer os próprios limites e identificar quais as melhores decisões a serem tomadas na vida. Portanto, quando falamos em autocuidado estamos falando em priorizar a si mesmo.

Podemos então dizer que o autoconhecimento nos leva à consciência de nós mesmos, como afirmava Sócrates: conhece-te a ti mesmo. Sabendo que na teoria tudo é praticável, é importante destacar que desenvolver o autoconhecimento é uma construção diária, e é válido destacar que o processo acontece de maneira distinta de pessoa para pessoa, e que esse processo não apresenta apenas aspectos positivos da pessoa que somos.

A importância do autoconhecimento

Quando se tem a percepção dos próprios limites, é possível identificar, prever e controlar os próprios comportamentos. Desse modo, cria-se repertório para lidar com os processos internos e a vida, desenvolvendo, à partir dessa perspectiva, uma conexão com o seu “eu” que ocupa o mundo externo.

Assim, é possível desenvolver habilidades sociais nas formas de interação e também da empatia, ou seja, os auto-relatos contribuem para que as pessoas que nos cercam consigam ter conhecimento do que estamos internalizando.

Isso se revela importante na maneira como nos relacionamos, favorecendo a criação de vínculos afetivos bem estabelecidos. Todas as condições apresentadas até aqui têm como objetivo levar as pessoas que estejam engajadas em desenvolver-se a reconhecer que a partir do processo de autoconhecimento é possível desenvolver mecanismos de enfrentamento para as mudanças que ocorrem na sua vivência diária.

Estamos diariamente cercados de desafios e pressão. Em tais condições podemos acabar sublimando as nossas dificuldades e desejos, e, portanto, desenvolver atitudes de autocuidado contribuem para seguir e respeitar os próprios limites diante de situações difíceis.

Dessa maneira, promove-se a própria saúde e bem-estar, cultivando qualidade de vida com autonomia e com responsabilidade. Portanto, quando falamos em autocuidado, estamos falando de um autorretrato que criamos de nós mesmos, ou seja, passamos a ter com mais clareza o reconhecimento das próprias emoções independentes de serem positivas ou não.

Quem pratica o autoconhecimento fica habilitado para identificar fraquezas e forças negativas, capacitando-se ainda para saber quais situações ou pessoas lhe fazem mal ou não. Isso tudo nos traz a luz para que possamos ter um mapa pessoal elaborado, ao qual podemos interpretar quem melhor somos e aonde queremos chegar.

Assumimos através dessas ações a responsabilidade pela nossa evolução, adotando práticas diárias de autoaprendizagem, por nos questionarmos sobretudo. Promovendo o hábito de se ouvir e de se escutar de maneira correta, produzindo a auto-cura, melhorando sua performance pessoal.

Habilitados com a importância do autoconhecimento, é possível compreender melhor quais as nossas habilidades e capacidades, bem como o nosso propósito. Munidos dessa ferramenta, passamos a viver e buscar pelo que desejamos e almejamos para as nossas vidas, potencializando tudo o que desejamos desenvolver.

As pessoas que dispõe do autoconhecimento têm aprimorado em suas vivências habilidades e competências que os mantêm mais determinados e obstinados, para assim alcançar os seus objetivos. Desse modo, o autoconhecimento é fundamental para capacitar e auxiliar no reconhecimento das suas potencialidades e realizações dos próprios objetivos, crescendo de maneira contínua, mas sempre levando em conta que esse crescimento não decorre de maneira linear. 

O autoconhecimento no cotidiano

Na prática diária, para exercitar o autoconhecimento, deve-se buscar maneiras de desenvolver hábitos que estimulem o autocuidado e o desenvolvimento pessoal. Para transformar em prática esses hábitos não existem regras a serem seguidas, portanto é válido criar a própria rotina.

Hábitos como:

  • Ter uma boa noite de sono,
  • Realizar atividades físicas com as quais se identifique,
  • Ler bons livros,
  • Aprimorar-se profissionalmente,
  • Práticas de controle mental,
  • Etc.

São práticas que contribuem para você se sinta mais leve e não se cobre tanto, e também para que se sinta em equilíbrio. Como já mencionado antes, quando se trata de autoconhecimento, devemos exercitar diariamente para que assim possamos enxergar a próxima fase mais clara que a anterior, e que esse processo não ocorre como uma receita de bolo, é importante persistir na tentativa de desenvolver os aspectos que considera relevantes de serem trabalhados devido ao fato de que só você mesma será capaz de reconhecer o que funciona e o que não contribui para as mudanças de quais gostaria.

É importante encontrar atividades que dão prazer e que estejam alinhadas em todos os aspectos da sua vida. Quando falamos, por exemplo, de trabalhar com aspectos físicos para desenvolvimento do autocuidado, podemos mencionar cuidados com o próprio corpo, hábitos alimentares saudáveis e/ou a prática de esportes.

No âmbito emocional, realizar atividades de cuidado da mente, como a prática da yoga, irá contribuir para tornar prático o desenvolvimento do processo de autoconhecimento e autopercepção. Quanto ao social, buscar por relações interpessoais que contribuam para o reconhecimento das suas maneiras de interações e a prática da empatia consigo e com os outros.

Com isso tudo, amplia-se o conhecimento, prazer, a assertividade e a criatividade. Portanto, o autocuidado não diz respeito apenas aos cuidados que podemos dedicar ao nosso corpo, mas que quando trabalhamos com o físico, emocional, social e mental estamos entrando em harmonia com nós mesmos.

É importante chamar a atenção para o fato de que você não encontrará apenas aspectos positivos do próprio comportamento, mas que também identificará aspectos negativos na realização das suas percepções e que o reconhecimento de comportamentos disfuncionais possibilita desenvolver-se e contribui para o processo de autoaceitação como parte do processo evolutivo.

É possível apontar que ao desenvolver o hábito do autocuidado estamos provendo o bem-estar e a qualidade de vida que gostaríamos na nossa vida. A promoção do autocuidado não aponta para egocentrismo, mas que podemos nos cuidar ao mesmo tempo em que é possível cuida dos outros, é importante assim não negligenciar as próprias necessidades.

Todo esse reconhecimento possibilita saber ouvir ou interpretar sinais e apontamentos feito por terceiros. O autoconhecimento permite ampliar a nossa consciência, enxergar as nossas potencialidades muitas vezes esquecidas.

Compreendemos assim, os detalhes do que se passa em nós mesmos, o que nos torna os norteadores das nossas vivências e não apenas vítimas das circunstâncias. Com o autodesenvolver, as pessoas tornam-se adaptáveis a mudanças e dispõe de habilidades autênticas para lidar com os conflitos diários.

Referências

  1. https://revistas.pucsp.br/interdisciplinaridade/article/viewFile/16150/12183
  2. https://www.scielo.br/pdf/pe/v12n1/v12n1a16.pdf
  3. https://www.protagonizecursos.com.br/blog/autoconhecimento/dicas-desenvolver-o-autoconhecimento/
ISABELA ALMEIDA
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