Dominando o estresse e evitando a Síndrome de Burnout

Dominando o estresse e evitando a Síndrome de Burnout

Estamos em junho de 2020, quase 70 dias de reclusão devido a pandemia de Covid-19, um vírus originado na China que se alastrou para o mundo todo. Uma situação propícia para ficarmos estressados devido ao medo da doença, que pode levar algumas pessoas à morte, e uma real ameaça de falência da economia mundial.

Falência essa que com certeza ocasionará desemprego, fome e desordem social.

O papel do psicólogo se faz necessário neste momento crucial para minimizar o desequilíbrio emocional na população. Venho aqui dar minha contribuição. Outro recurso que vem nos ajudar a manter o equilíbrio psíquico nesse momento de liberdade restrita e várias ameaças é o atendimento online, que facilita o acesso a grande parte da população, pois o atendimento pode ser efetuado em casa e o custo é menor. 

O estresse

Vamos conversar hoje a respeito do estresse, que é a palavra de ordem do momento. Somos seres energéticos, ou seja, nosso corpo é constituído de energia. E, a mesma energia que gastamos para superar desafios é aquela que usamos para criar e viver com harmonia e satisfação. Se não repomos a energia, ela desgasta e perdemos a possibilidade de nos reequilibrarmos para atender as demandas da vida. 

Cada vez que temos um pensamento há uma reação bioquímica no cérebro, e, quando o corpo recebe uma mensagem química do cérebro ele obedece instantaneamente. Essa é uma das descobertas da neurociência. Quando, através de pensamentos ou estímulos externos, tiramos o corpo do equilíbrio químico, isto é chamado estresse.

Basicamente temos três tipos de estresse: 

  1. Estresse de curto prazo – é aquele que o organismo retoma o equilíbrio químico rapidamente, por exemplo um susto.
  2. Estresse Agudo – o indivíduo demora a retomar seu equilíbrio químico. Pode ser devido à morte de um parente, um acidente, falência da empresa. Essa demora pode variar de um mês a um ano ou mais, dependerá da saúde emocional do indivíduo.
  3. Estrese Crônico – É o mais difícil de regredir, pois é devido à uma característica de personalidade. Pessoas que buscam reviver situações do passado mantendo sempre emoções negativas na memória, e com isso produzindo neurotransmissores que irão prejudicar sua saúde física e mental. Ou vivendo no futuro, antecipando situações e assim entrando em ansiedade por não ter o controle do resultado. Essas pessoas não vivem no AQUI e AGORA. O maior dificultador para resolução desse estado é que a pessoa se vicia nos estados emocionais produzidos por essas substâncias químicas (neurotransmissores/hormônios) como a adrenalina, noradrenalina e cortisol, e inconscientemente provocam situações ou buscam lembranças que desencadeiem a produção dessas químicas em seu organismo.

Os três grandes cenários: ambiente, corpo e tempo

Vivemos em três grandes cenários:

  • Ambiente,
  • Corpo,
  • Tempo

Administrar de forma adequada esses três grandes cenários é o que nos possibilita manter o equilíbrio emocional. E como podemos aprender a viver de forma equilibrada?

Vejamos por partes. Primeiramente o AMBIENTE FÍSICO ? REALIDADE PERCEBIDA

O ambiente físico é basicamente igual para as pessoas com quem convivemos. Porque será que para uns, o ambiente é menos prejudicial do que para outros? 

É a forma que percebemos o ambiente que determina o valor de cada situação e consequência emocional. É a lente através da qual vemos o mundo que determina nossas emoções. Essa lente é formada por nossas memórias, pensamentos e sentimentos relativos a determinados estímulos externos que irão por sua vez alterar nosso corpo. Veremos como.

O segundo dos três grandes cenários é o corpo. Como já dissemos, somos constituídos de energia! Essa energia é gerada por poderosos sinais eletroquímicos produzidos pelo cérebro que coordena as funções corporais. Tudo é perfeito para atender a demanda para funcionamento e defesa do nosso corpo. E de onde parte essa demanda? Dos pensamentos!

                                      PENSAMENTO ? SENTIMENTO? COMPORTAMENTO

São nossos pensamentos que coordenam essa fábrica cerebral que geram os hormônios e neurotransmissores, que são por sua vez mensageiros que ativam nosso corpo. Ao controlarmos nossos pensamentos, controlamos a produção de neurotransmissores e, por consequência, nosso corpo. Existe uma sincronia entre cérebro e corpo ocorrendo a cada instante. 

Constatamos então a importância dos nossos pensamentos em nossa vida emocional e física.

O terceiro dos três grandes cenários é o tempo. E como o tempo pode interferir na nossa saúde mental? 

                                                   PASSADO ? PRESENTE ? FUTURO

Memórias, problemas passados, situações de tristeza e conflitos!

O nosso cérebro não distingue o que é lembrado ou imaginado da situação vivida no presente, portanto quando ativamos nossas memórias é como se estivéssemos vivendo a situação no presente e enviamos um comando para o cérebro produzir hormônios e neurotransmissores para nos defender do fato. Recriamos situações já vividas e nos viciamos nessas emoções produzidas quimicamente em nosso corpo. Deprimimo-nos.

Por outro lado, se vivemos no futuro, prevendo situações conflituosas e catastróficas o mesmo acontece, relembrando que o cérebro não distingue imagens criadas e imagens reais. O cérebro comanda a produção de neurotransmissores e hormônios para nos defender e novamente nos viciamos nesses sinais eletroquímicos, e com isso ficamos ansiosos.

O controle da mente

Precisamos controlar nossa mente para viver no presente, e a melhor forma de obtermos esse controle é através da observação da nossa respiração. O processo de respiração ocorre apenas no presente. Não existe respiração no passado nem no futuro. Ela nos ancora no presente!

A Síndrome de Burnout

A Síndrome de Burnout é uma condição caracterizada pelo estado de esgotamento profissional por estresse acumulado

A condição de exaustão pode afetar a qualidade de vida e o relacionamento do indivíduo com amigos e parentes. Veja alguns sinais deste distúrbio mental:

  • Cansaço constante, tanto físico quanto mental;
  • Distúrbios do sono;
  • Irritabilidade;
  • Dores musculares e de cabeça;
  • Falta de apetite ou fome em excesso;
  • Alterações de humor;
  • Falta de memória; 
  • Dificuldades de concentração.
  • Depressão;
  • Ansiedade;
  • Estresse em nível elevado;
  • Pensamentos bastante negativos em relação a toda vida profissional;
  • Isolamento;
  • Humor alterado;
  • Sentimentos de insatisfação.

Ron Friedman afirma que “não há dúvida de que corremos um risco maior de exaustão hoje do que há 10 anos”. Segundo o escritor, isso acontece, em grande parte, porque estamos cercados de dispositivos projetados para chamar nossa atenção e tudo parece ser urgente. 

Saber distinguir e priorizar o importante do urgente e dar devida atenção a cada assunto e pessoa que nos demandam ações e nosso tempo, é o que irá preservar nossa saúde mental no trabalho.

A Síndrome de Burnout pode resultar de vários fatores, como:

  • Falta de controle;
  • Expectativas de trabalho pouco claras;
  • Problemas de relacionamento com colegas;
  • Desequilíbrio entre vida profissional e pessoal;
  • Excesso de trabalho;
  • Falta de perspectiva de descanso.

Indivíduos sozinhos não são os únicos responsáveis pelo combate ao burnout. Os esforços das empresas em um contexto de mudança organizacional, a melhora do clima organizacional é importante e eficaz. Porém, as atitudes individuais são primazia para a saúde do indivíduo. Isso significa que o combate ao estresse deve ser feito também pelo próprio colaborador.

Dicas para a redução do estresse

Seguem algumas dicas de medidas que podem ser implantadas pelas empresas e pelos colaboradores.

  • Na empresa podemos eleger os “Programas de gestão de saúde”. Ao ajudar a promover o bem-estar do colaborador, é possível aumentar a produtividade e o engajamento das equipes. Para isso, deve oferecer-se benefícios aos funcionários e incentivar cuidados com a saúde.
  • O “Treinamento de coaching”. Promove o aumento das potencialidades humanas e ajuda as pessoas a terem maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Isso ajuda a aumentar o bem-estar e a atingir maior performance profissional.
  • As “Regras sobre fluxo do trabalho”. Líderes e departamentos de recursos humanos podem implementar softwares, ferramentas e regras que organizem o fluxo de trabalho e limitem, por exemplo, o trabalho fora do expediente.
  • Quanto ao colaborador é importante que conheça e defina limites saudáveis – encontre uma maneira de gerenciar as expectativas para que não fique sobrecarregado. Para isso, aprenda a dizer “não”.
  • Avalie suas opções com seu chefe – tente conversar para ver se algo pode melhorar. Um dia de trabalho home office te ajudaria? O tempo de trabalho poderia ser mais flexível?
  • Conheça seus interesses e habilidades – ser honesto consigo mesmo pode ajudá-lo a decidir se deve considerar procurar outro trabalho, como um que seja menos exigente ou que corresponda melhorar aos seus interesses.
  • Faça pausas – ninguém consegue trabalhar várias horas seguidas de forma produtiva e sem se desgastar. Faça pausas para levantar, se alongar e tomar água. Isso ajudará a relaxar.
  • Valorize seu trabalho – a confiança em si mesmo é muito importante para conseguir trabalhar de forma tranquila. Acredite na sua capacidade de realizar e entregar o que se propõe e é esperado.
  • Pratique mindfulness – esta meditação ajuda a controlar as emoções e alcançar a atenção plena. Dê atenção às sensações, foque na sua respiração, sinta a forma dos objetos que você toca e o odor das coisas, sem fazer nenhum julgamento.
  • Pratique atividade física – além de ser benéfico para sua saúde física, a prática de atividade física regularmente pode te ajudar a tirar sua mente do trabalho e se concentrar em outra coisa. Cuide de sua Mente, Espírito e Corpo!

Desejo-lhe sucesso!!!

Vá até o site http://educareencantar.com/

E baixe  gratuitamente o E-book: “Libere sua energia pessoal”.

Ana Rita de Macedo Moura
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