A humanidade está assistindo ao vivo uma mudança jamais vista em tempos recentes: um “inimigo” invisível “aprisionando” as pessoas em casa!
O curioso é que estamos passando por tudo isto em uma era em que existem avanços na área da saúde, ciência e tecnologia!
Então, você se pergunta: “Como isto é possível? Não tem jeito mesmo de conter o vírus? Não tem remédio, vacina, nada?”
Pois é! Estamos vivendo e fazendo história! Seremos aqueles capítulos que serão lidos nos livros e histórias contadas para as próximas gerações.
MUITO ALÉM DO VÍRUS
Além do vírus, estamos ao mesmo tempo, lidando com as questões relativas à economia, às relações em casa, ao tempo e às questões políticas, à saúde mental… em nível planetário!
Um cenário totalmente novo se desenha diante dos nossos olhos: shoppings fechados, instituições públicas e privadas fechadas, igrejas e até praias interditadas, cursos, congressos, e até mesmo as Olimpíadas adiadas! Momento histórico!
NA ECONOMIA
No contexto economia, se não há trabalho, não se produz, não se gera renda, não se paga conta. E os salários? E aqui cabem diversas questões/preocupações que uma levam à outra e, que “podem” ou não, gerar ansiedade, pânico, desespero.
EM CASA
Em casa estão todos juntos em tempo integral, conciliando crianças, teletrabalhos, rotina de limpeza e alimentação. As relações estão mais próximas: marido e mulher, pais e filhos e todas as pessoas convivendo, e todos enfrentando juntos, cada um à sua maneira, esta insegurança, esta crise, este novo jeito de viver, em quarentena. Tudo isto, “pode” ou não, gerar crises conjugais, desrespeito, violência.
NA POLÍTICA
O contexto político é bem delicado, pois, envolve muito além de escolhas partidárias, uma observação e reflexão crítica, equilíbrio mental, bom senso e muito autoconhecimento. Isto mesmo, autoconhecimento gera autocontrole, expande o olhar e a consciência, dá um tom mais adequado em situações tão adversas e conflitantes.
Existem posicionamentos políticos que exigem das pessoas quase um ato heroico em controlar os piores sentimentos que lhes são despertados. Tudo isto “pode” ou não, gerar brigas, discussões, ira.
Todos os cenários descritos fazem interseção com a saúde mental que “pode” ou não gerarem problemas como ansiedade, tristeza, pânico.
O momento que estamos vivendo é inusitado para todos nós. Todos os desdobramentos aliados a ele, nos pegou de surpresa! Não deu tempo de nos preparamos, deixamos as nossas coisas no escritório, deixamos aulas marcadas e pagas, até as férias foram antecipadas nas escolas! O que se faz com o ano letivo?
O COPO ESTÁ MEIO CHEIO OU MEIO VAZIO?
Qual a sua percepção do momento, qual a sua atitude e como você decidiu encarar esta fase?
Estamos sim, em maior ou menor escala afetados pela ansiedade. De acordo com a médica psiquiatra, Ana Beatriz Barbosa Silva, em seu livro Mentes Ansiosas 2017, “sentir ansiedade é, sem dúvida, uma condição humana inerente a todos. No entanto, evitar adoecer por excesso dela é uma escolha que cada um pode fazer”.
Você pode ficar em casa muito ansioso, cultivando pensamentos de medo, insegurança, (que sim, são reais!) ou pode usar este gap no tempo para criar. Criar soluções, novos produtos, novas ideias, novas formas de apresentar seu produto ou de entregá-lo, ou ainda, aprimorar o entendimento acerca de outras mídias.
Você pode se envolver em inúmeros problemas com sua esposa ou marido, agarrando-se a detalhes que geram irritações e desentendimentos ou ainda, desconectar-se dos seus filhos achando-os cansativos e inconvenientes. Mas você também pode aproveitar o momento para namorar mais, para conhecer mais o seu filho parando um pouco para ver o youtuber que ele gosta mais de assistir.
Você pode consumir e compartilhar as piores notícias, inclusive as fakes, sendo um agente gerador de inconformismo e de ansiedade ou, pode compartilhar textos e atitudes que demonstrem paciência e empatia com o momento.
Você também pode incitar raiva e ódio através da política, incitar desentendimentos e fazer ironias, ou também pode ter parcimônia e entender que atravessamos um momento que transcende determinadas questões.
Aliás, você também deve aproveitar este momento de reclusão para transcender: “voltar-se para dentro” mesmo que não seja adepto a meditações.
Todos somos capazes de refletirmos sobre nós mesmos, qual o nosso lugar no mundo, o que estamos fazendo e o que significa a resposta que ele nos tem dado!
“O preço a pagar para se viver uma vida que valha a pena é alto, muito alto, mas precisamos e devemos pagar. É o exercício mágico e transcendente de se reinventar a cada sofrimento”. Silva, (2017).
Gabriela Alvarenga Costa
Psicóloga Humanista
Inside– Humanização Diversidade e Inclusão
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