Quando você interage através das relações sociais de seu cotidiano, sejam elas casuais, de trabalho, amorosas e até mesmo familiares, não é somente um encontro de pessoas que ocorre, é um encontro de vidas.
Quando você fala com o vendedor, com a professora de seu filho, com o prestador de serviços, seus familiares, quando você se apaixona… O que está em jogo são histórias, carregadas de “pré-conceitos”, características próprias, vivências, crenças, traumas, religião e cultura.
O que ocorre é uma complexa interação de sentimentos, cada um com seus medos, seus relacionamentos, a história de seu dia, entre tantos outros traços de personalidade. Não são encontros simples, apesar de automáticos, são complexos e cheios de significados.
Por que é importante estarmos atentos aos sentimentos?
Ao compreendermos a imensidão de sentimentos presentes em cada um de nossos contatos diários, fica mais fácil perceber e entender o outro, e nos posicionarmos mais adequadamente diante de cada situação.
O que o outro nos provoca – raiva, paixão, angústia, pena, curiosidade, entre outros – é relativo ao que ele fez ou falou, mas também ao que carregamos em nossa bagagem. Ou seja, a mesma situação provoca sentimentos diferentes em cada pessoa que a vivencia, de acordo com o que ela carrega dentro de si.
É como se ao longo de nosso desenvolvimento adquiríssemos ferramentas para lidar com cada situação. Então, cada pessoa carrega suas ferramentas, com suas marcas, ao encontrar a outra pessoa, encontram-se também as ferramentas internas de cada uma delas, carregadas de personalidade e características específicas.
Não esqueça: cada um possui uma história singular
Quando alguém fala algo que irrita, ou magoa, é preciso refletir sobre o motivo pelo qual isso causou tanta dor, perceber que o outro também é portador de uma história, entendendo, por exemplo, que seu desenvolvimento foi marcado por inúmeras situações difíceis e que a forma ríspida dela falar é em decorrência desse fato e não um ataque a você.
E, principalmente, perceber que, o que o outro falou não foi tão ruim, mas você estava em um momento de fragilidade e recebeu a ação com mais intensidade, ofendendo-se mais do que era preciso. A crítica exagerada, a intolerância, o desconforto gerado em sua vida, certamente diz mais sobre você do que sobre efetivamente as características do outro.
Perceba que o que pode ser ofensivo para você, para o outro pode ser algo positivo. Então se torna tarefa cruel e falível buscar compreender a situações a partir de perspectivas que não são suas, quando na verdade, o que precisamos fazer é olhar do que somos feitos, as crenças familiares que carregados e os traumas que alteram nossa percepção de mundo.
A mudança deve acontecer antes em você
Sim, tudo diz respeito a você. E isso pode ser até desconfortável de sentir e perceber, mas também é fortemente libertador, pois contém a capacidade de mudança única e exclusivamente dependente de você.
Não são os outros, não é a situação social, não é nada externo. É como você sente cada uma dessas situações e como “(re) age” a elas.
Descubra-se, observe-se, pense sobre os sentimentos, conheça seus pontos fortes e fracos. Assim, você saberá como lidar melhor com eles, saberá os motivos que te fazem sentir-se de uma forma ou de outra ao falar sobre determinados assuntos ou com determinadas pessoas, e assim terá mais poder e conhecimento para agir.
Pense, trabalhe e liberte-se de suas crenças, aperfeiçoe seus sentimentos e cresça alcançado melhor qualidade de vida.
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