Vamos falar sobre Fobia Especifica

Vamos falar sobre Fobia Especifica

Isso é perigoso – Fobia especifica 

O termo fobia refere-se a um medo intenso e persistente de um objeto, circunstância ou situação específica. No caso da fobia especifica, esse medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real apresentado pelo objeto ou situação, como:

  • Insetos,
  • Ratos,
  • Cobras,
  • Aranhas,
  • Morcegos,
  • Lugares altos,
  • Água,
  • Tempestades,
  • Raios,
  • Espaços fechados,
  • Espaços abertos,
  • Sangue,
  • Agulhas hipodérmicas,
  • Transportes públicos,
  • Túneis,
  • Pontes,
  • Voar de avião,
  • Entre outros.

Há basicamente duas teorias principais de como são adquiridas as fobias especificas, a primeira teoria diz que nossos medos são aprendidos, seja pela experiência com consequências dolorosas ou indiretamente a partir da observação dos outros ao demonstrar medo, ou a experimentar consequências dolorosas. A segunda teoria diz que esses medos são inatos.

Existem algumas regras para ter medo e para continuar tendo medo

  1. Se você tem medo, então deve ser perigoso.
  2. O perigo está se aproximando rapidamente.
  3. Não confie em probabilidades, você pode ser aquele “um” que se machuca.
  4. Você deve ter certeza absoluta, ou a situação será perigosa.
  5. A situação será catastrófica, poderá matá-lo.
  6. Enfoque a ameaça, isso o salvará.
  7. Busque pistas de que a situação é perigosa.
  8. Você não será capaz de lidar com a situação; está potencialmente desamparado.
  9. Ignore qualquer pessoa que lhe diga que a situação é segura, você pode ficar excessivamente confiante.
  10. Você deve sair ou evitar a situação imediatamente.
  11. Use os comportamentos de segurança para tolerar o desconforto. Se você sobreviver, é porque seus comportamentos de segurança o ajudaram.
  12. Sempre evite situações as quais você teme.

Regras para superar seu medo fóbico

  • Seu medo não lhe diz nada sobre o perigo real, o que você sente, não significa que é uma verdade.
  • O perigo pode estar apenas na sua cabeça; pode ser que não esteja se aproximando de maneira alguma, ou pode estar se aproximando lentamente.
  • As probabilidades são a realidade. É possível que você se machuque, mas pensar que sempre se machucará não é jeito de se viver.
  • Não há certeza. A incerteza é neutra, não perigosa.
  • Você provavelmente não tem evidências de que a situação será catastrófica. Você já teve essa crença antes e ainda está vivo.
  • Deve reconhecer que há sempre alguma evidência de uma ameaça, mas há também evidência de segurança. Use todas as informações, não apenas os sinais de ameaça.
  • Você pode ser mais forte do que pensa. Use as informações que as pessoas têm. Afinal de contas, a fobia não é evidência de perigo, é evidência de sua emoção.
  • Você poderá ficar melhor se não sair ou abandonar a situação, pois descobrirá que ela é de fato segura.
  • Os comportamentos de segurança mantêm seus medos. Elimine-os o mais rapidamente possível.
  • O fato de você sobreviver não tem nada a ver com seus comportamentos de segurança; tem mais a ver com o fato de que a situação é segura.
  • Tente submeter-se àquilo de que tem medo de forma gradual.

Dicas para superar o medo

Identifique seus medos

As fobias específicas estão geralmente associadas a algo a que você já estava predisposto a temer em geral, produzindo sensações de perigo imediato, tais como o aumento dos batimentos cardíacos ou a descarga de adrenalina. Então faça uma lista com os itens que você mais teme.

Identifique seus comportamentos de segurança/evitação

Certos comportamentos irracionais fazem com que nos sintamos mais seguros ao enfrentarmos nossos medos. Sua mente, de maneira instintiva, passa a acreditar que alguns rituais de fato contribuem para a sua segurança. Por exemplo:

  • Tensionar o corpo ou agarrar-se a algo;
  • Examinar o ambiente;
  • Pedir confirmação;
  • Rezar;
  • Repetir frases memorizadas;
  • Cantar para si mesmo;
  • Alterar a respiração;
  • Permanecer imóvel,
  • Etc.

Como você evita seus medos? Assim como seus comportamentos de segurança e evitação, quando permanecem ao longo do tempo, confirmam sua crença de que você não consegue lidar com uma situação.

Desenvolva a motivação para a mudança

Como ocorre com qualquer problema que se possa ter você deve examinar o quanto está motivado para mudar. Muitas pessoas com medos específicos reorganizam suas vidas em torno deles, buscando superar qualquer medo e ansiedade, nesse caso precisamos pensar e listar os custos e os benefícios da superação de seu problema.

Construa uma hierarquia do medo e intensidade dos diferentes medos

Liste todas as situações relacionadas a seu medo em que você possa pensar, da menos a mais assustadora e a mais improvável. Geralmente imaginar algo é se torna menos assustador do que de fato vivenciá-lo. Com essa lista busque avaliar seu medo em uma escala de 0 a 10. Inclua todo comportamento de segurança ou de evitação, mudanças na tensão corporal ou na respiração, um impulso de se mover ou de ficar imóvel, e claro sua intensidade.

Avalie a racionalidade do seu medo

A primeira coisa a fazer é se perguntar se você acha que seu medo é racional ou extremo. Para avaliar isso, podemos examinar dados coletados observar as reais chances ou probabilidades – pode ajudá-lo a testar a ideia de que seus medos podem ser irracionais. Uma maneira de perguntar sobre o quanto seu medo é irracional é pensar se você faria uma aposta na probabilidade de ele acontecer.

Tais reflexões podem oferecer um ambiente ou contexto para você trabalhar quando confrontar seus medos, criando uma atmosfera de segurança, uma crença de que a realidade de que você não está realmente em perigo, que os medos que você tem são projeções distorcidas de sua mente a realidade está do seu lado.

Faça uma imagem-teste de seu medo

Uma das melhores técnicas para fobia é você observar alguém fazendo a coisa de que você tem medo. Por exemplo, se você tem medo do elevador, você poderá observar as pessoas andando de elevador. O segundo passo é exercer a prática de imaginar as diferentes situações que você teme, conforme listado em sua hierarquia do medo. É uma espécie de prática de exposição – um ensaio para a realidade em sua mente.

Pratique a exposição na vida real

Ter a consciência de seu medo ajuda a entende-lo, o que você prevê que vai acontecer? Olhe racionalmente para as coisas depois de ter listado suas previsões sobre o que aconteceria em determinada situação, você pode começar a desafiar esses pensamentos negativos analisando as evidências que provam que eles estavam negativos e extremos. Tenha em mente que com muitos pensamentos ansiosos você pode acreditar que precisa de certeza absoluta.

Não esqueça, você aguenta ficar ansioso. A única consequência de estar ansioso é se sentir desconfortável. Com a exposição prolongada, sua ansiedade tenderá a diminuir porque o que você teme não acontecerá naquele momento, a fobia é um medo certo no momento errado. Os processos terapêuticos são de extrema importância, pois se promove reprocessamento emocional das situações relacionadas ao medo, buscando ativar os esquemas de medo, desafiando as crenças catastróficas, desenvolvendo avaliações e crenças mais adaptativas, estratégias de enfrentamento, fornecendo novas experiências de aprendizagens sobre o medo e ansiedade e por fim reduzir ou eliminar comportamentos de fuga e evitação, em alguns casos podem exigir uma intervenção medicamentosa para equilibrar e ajustar as disfunções neurológicas.

Não deixe de procurar ajuda profissional, se você possui uma fobia especifica que está prejudicando sua vida, não faça diagnósticos por conta própria, quanto mais você vier a conhecer sobre sua vivência particular, você estará rumo à melhora. lembre-se você não está sozinho(a).

Ficou com dúvidas sobre o tratamento?

Fico à disposição

Psicóloga | Especialista em psicologia clínica – Terapeuta Cognitivo Comportamental | Telepsicologia | Atendimento Psicológico Online | CRP 08/29039 – 04199855-5683

Referências

  1. RANGÉ, B. Terapias cognitivo-comportamentais: um diálogo com a psiquiatria. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
  2. SADOCK, B. J.; SADOCK, V. A.; RUIZ, P. Compêndio de psiquiatria: ciência do comportamento e psiquiatria clínica. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
Fransuele Pereira Gularte
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