Algumas dicas de como utilizar de forma mais equilibrada as tecnologias digitais durante as férias de verão

Algumas dicas de como utilizar de forma mais equilibrada as tecnologias digitais durante as férias de verão

As férias de verão no Brasil estão chegando, e esta pode ser uma excelente oportunidade para que pais e filhos possam se divertir e se conectar cada vez mais uns com os outros, além de relaxar e ficar mais em contato com a natureza.

Contudo, para algumas famílias, o momento das férias pode ser um desafio e tanto, principalmente quando os filhos fazem uso problemático de games e passam a evitar ao máximo ir para regiões remotas, por não conseguirem fazer pausas no uso das tecnologias digitais.

Para evitar que isso ocorra, torna-se importante que os pais estabeleçam regras e limites claros no uso de tablet, laptop e smartphone durante as férias. E essas regras só são eficazes quando são válidas para todos.

O que é o FoMO?

Durante as férias, quando as famílias decidem ir para um local sem acesso à internet, é o momento em que elas percebem que seus filhos estão sofrendo de FoMO, expressão que vem do acrônimo “fear of missing out” (medo de estar perdendo algo).

A pessoa que sofre de FoMO possui a necessidade de estar sempre checando as suas redes sociais, a cada 5 ou 10 minutos. Ela não consegue ficar offline em decorrência do medo de perder algo importante nas redes sociais.

Para esta pessoa, ficar em contato com a natureza ou ter que ler um livro com mais de 100 páginas pode ser um verdadeiro tormento, por não ter acesso à rede wifi.

Apesar das dificuldades, esses dias de folga podem ser um bom momento para que os filhos façam uma pausa forçada no uso da tecnologia e interajam mais com a família.

Como Abandonar o Uso Compulsivo das Tecnologias Digitais

Vale ressaltar que a cura para o uso compulsivo das tecnologias digitais se dá pela habilidade de o internauta conseguir fazer pausas, estando mais em contato com a natureza e interagindo com as pessoas por meio de conversas olho no olho. As férias podem ser úteis para que os jovens voltem a fazer um uso equilibrado das tecnologias digitais e restabeleçam hábitos mais saudáveis.

Sugestões Para o Uso Moderado das Tecnologias Digitais

Pais e filhos não precisam ficar totalmente offline nas férias, mas é importante que se estabeleça regras claras sobre a forma de usar as tecnologias digitais neste período do ano.

Uma sugestão é usar o tablet ou laptop para assistir a filmes durante o voo, no modo avião, e usar o smartphone durante o dia apenas para tirar fotos, sem mandar mensagens de texto.

A comunicação nas redes sociais pode ficar para o final do dia, durante no máximo uma hora antes do jantar. Este tempo pode ser usado, por exemplo, para compartilhar as fotos da viagem com parentes e amigos.

Outra sugestão é proibir o uso de qualquer tipo de tecnologia durante as refeições para não atrapalhar as conversas em família e poder saborear mais a comida. É bom também evitar usar a internet durante a noite para evitar insônia, já que a luminosidade da tela do computador pode atrapalhar o sono.

É importante ressaltar que estas regras servem para todos os familiares e são apenas sugestões. Portanto, use o bom senso e crie as regras que mais se adaptem à sua realidade para que se faça um uso moderado da internet e a família possa aproveitar ao máximo as férias para se divertir, relaxar e cuidar da saúde.

 

Bibliografia

8 Tips form a (nearly) tech-free vacation. Disponível em: https://www.commonsensemedia.org . Acesso em: 21 de nov. de 2018

 

Autora:

Ana Maria Moraes de Albuquerque Lima é psicóloga formada pela UnB e pedagoga formada pela Universidade Católica de Brasília. Mestre em Educação pela Pontifícia Católica de São Paulo.

Autora dos livros Cyberbullying e outros riscos online: despertando a atenção de pais e professores publicado pela editora Wak e do e-book Família Conectada: promovendo o uso seguro da internet disponível no site https://familiaconectadahoje.wordpress.com/.  

Realiza orientação psicológica online no portal Psicologia Viva  na prevenção do cyberbullying e outros riscos online.

Ana Maria de Albuquerque
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