Caracterizada por um transtorno psicológico, a tripofobia é o medo ou a repulsa por buracos ou saliências sólidas apresentadas de forma aglomerada, como por exemplo favos de mel, madeira, agrupamento de buracos na pele, plantas, etc.
Ou seja, a pessoa que sofre com esta questão sente profundo incômodo ao se deparar com essas superfícies circulares e de pequenas aberturas postas lado a lado. Algumas imagens despertam esse tipo de reação, além de despertarem também sentimentos de medo e mal-estar, como por exemplo tremores e coceiras.
Ainda que muitas pessoas relatem o sentimento de incômodo gerado por essas superfícies, a tripofobia não vem sendo muito estudada e por isso ainda não é aceita na comunidade médica como uma fobia real.
Mas o que são fobias reais?
De acordo com os estudos, as fobias reais são derivadas do transtorno de ansiedade, sendo marcada por fortes sentimentos de preocupação, angústia e medo, afetando diretamente o dia a dia da pessoa.
Basicamente a fobia proporciona para o indivíduo uma fuga de seus medos, sendo assim, provoca sentimentos mais intensos do que em pessoas que sentem incômodo ao olhar um conjunto de buracos.
Desta forma, não conseguir olhar por um longo período de tempo para uma imagem a qual contempla essa superfície não ocasiona o mesmo sentimento que nas fobias reais como por exemplo ao sentir medo de aranhas, agulhas ou palhaços.
As pessoas tripofóbicas não são tomadas pelo pânico e sim por um sentimento de repulsa ou aversão.
Contudo, as fobias podem aparecer sobre diversos assuntos e é possível que haja pessoas que sejam acometidas pelo pânico no momento em que se deparam com estas figuras, sendo enquadradas então nas fobias específicas, por não se tratarem de um quadro comum.
Quais são os sintomas?
Pessoas acometidas por esta situação, podem ter os seguintes sintomas:
- Enjoo;
- Coceira;
- Tremores;
- Repulsa;
- Desconforto;
- Angústia;
- Necessidade de contrair mãos e pés;
- Sudorese;
- Arrepios.
É possível que em quadros mais graves a pessoa possa ter sensações de desmaio e ataques de pânico, visto o alto grau de ansiedade.
Diagnóstico
O diagnóstico de fobia pode ser realizado por qualquer profissional da saúde, normalmente a procura por psicólogos e psiquiatras é a mais alta.
No processo de consulta, será realizada uma investigação e análise dos sintomas apresentados, além de ser considerado fatores como histórico médico e psiquiátrico.
Como é o tratamento?
Por ser ainda uma condição não reconhecida pela comunidade médica, o tratamento ainda não é específico. Possivelmente, em casos graves o uso de medicação para controle da ansiedade seja uma boa saída além do acompanhamento psicoterapêutico para lidar com a mesma.
A grande preocupação em relação ao cuidado é para que a pessoa não desenvolva outros transtornos como por exemplo o transtorno de ansiedade generalizada, o transtorno depressivo maior ou o transtorno de ansiedade social.
Na identificação de tais sintomas é fundamental a busca por um profissional especializado.
Psicóloga Tawane Sudan CRP 06/134267
Psicóloga junguiana, com experiência clínica, desenvolvendo trabalhos com adolescentes, adultos, casal e orientação profissional/vocacional. Atuaçãoem instituições de saúde mental, tendo desenvolvido projetos sociais buscando a reinserção de usuários do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) na sociedade através da economia solidária. Atualmente vem desenvolvendo estudos voltados para transtornos ansiosos e depressivos.
Possuitambém vasta experiência no ambiente corporativo, com foco em Recrutamento e Seleção de profissionais. Para atendimentos presenciais sua localização é ao lado da estação Consolação do metrô.
- Tripofobia: o que é? Tem cura? Descubra os Sintomas! - 15 de outubro de 2018