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LGBTQIA+fobia: Como combater?

O que é LGBTQIA+fobia? 

Atualmente a Lei de Racismo é usada para julgar casos de LGBTfobia. Segundo o Conselho Federal de Psicologia (CFP), a LGBTfobia é descrita como:

“Um processo de estigmatização que incorre em violação de direitos sexuais enquanto direitos humanos, como efeito de representações de inferiorização, patologização e mesmo desumanização que recaem sobre sujeitos que estão em não conformidade com os estereótipos da cisheteronormatividade” (CFP, 2020).

LGBTPQIA+ são pessoas que não se encaixam dentro das vivências de pessoas cisgênero (aquelas que se identificam com o papel de gênero conforme a genitália por exemplo, a pessoa tem vulva e se identifica como mulher) ou/e heterossexuais (pessoas que se atraem por um único gênero que é oposto ao gênero delas).

O que é a sigla LGBTPQIA+?

Violência

A violência sofrida por esse grupo pode se manifestar em contextos políticos, institucionais, de forma implícita ou explícita. Quando um funcionário homem transgênero é obrigado a usar um uniforme feminino isso é um tipo de violência. 

Fatores agravantes ou atenuantes da violência, como cor da pele e situação socioeconômica, costumam ser chamados de interseccionalidades.

Histórias de violência intrafamiliar (física, psicológica, patrimonial etc.) influenciam questões psicológicas, provocando:

É comum que quando o(a)(e) filho(a)(e) se afirme como pessoa LGBTPQIA+ pais e mães proíbam e menosprezem as expressões de gênero e sexualidade dessas pessoas usando o argumento do medo da violência externa contra essa população, dessa forma o ambiente familiar passa a ser um multiplicador de violências. 

Para ser um lugar seguro, o ambiente familiar precisa ser capaz de abandonar o argumento de cometer violência para prevenir a violência

O papel da psicologia

As práticas de “terapias de reversão” ou “reorientação sexual” são antiéticas!

O relatório “Sex Orientation Change Efforts (SOCE)” (Esforços para a mudança da orientação sexual) revelou que existem:

  1. Chances reduzidas de provocar alguma alteração no desejo;
  2. Malefícios com a aplicação (depressão, ansiedade, suicídio e perda do desejo sexual).

Desde 1973 a homossexualidade não é considerada um distúrbio pela a Associação Americana de Psicologia (APA) e portanto não pode ser alvo de tratamento

O CFP, por meio de nota técnica, entende que “(…) a principal causa de sofrimento e adoecimento relacionadaos às sexualidades dissidentes da cisheteronormativas resulta da condenação social. Assim cabe à(ao) psicóloga(o) escutar, acolher, compreender e auxiliar sujeitos com sofrimentos das mais diversas ordens que buscam estabelecer uma relação em sintonia consigo mesmos, qualquer que seja a sua orientação afetivo-sexual”.

Para saber mais sobre o tema

Referências

  1. Andrade, T. (2017, setembro,09). Homossexualidae não é transtorno desde 1973; tratamento causa sofrimento. Viva Bem [Blog].Recuperadodehttps://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2017/09/21/homossexualidade-nao-e-transtorno-desde1973-tratamento-causa-sofrimento.htm?cmpid=copiaecola
  2. Barifouse, R. (2019, junho, 13). STF aprova a criminalização da homofobia. BBC News Brasil [Blog]. Recuperado de https://www.bbc.com/portuguese/brasil47206924 Brasil Jurídico (2020, março, 23). AGORA É CRIME! DESCUBRA O QUE É LGBTIFOBIA.
  3. Brasil Jurídico [Blog]. Recuperado de https://blog.brasiljuridico.com.br/o-quee-lgbtifobial
  4. Conselho Federal de Psicologia (2021). NOTA TÉCNICA N° 1/2021/GTEC/CG. CFP [Site]. Recuperado de https://site.cfp.org.br/documentos/nota-tecnica-no-1-2021-gtec-cg/
  5. Conselho Federal de Psicologia (2014, junho, 25). Homossexualidade. CFP [Site). Recuperado de https://site.cfp.org.br/homossexualidade
  6. Zuin, H. G. C. (2021, junho, 15). Leis penais ineficazes em relação a segurança e proteção da comunidade LGBTQIA+. Conteúdo Jurídico [Blog]. Recuperado de https://site.cfp.org.br/documentos/nota-tecnica-no12021-gtec-cg/