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Bulimia nervosa: quais as causas, sintomas e como tratar?

A magreza e a busca pelo corpo perfeito já são ideais presentes na mente de homens e mulheres há algumas décadas, mas no mundo que vivemos atualmente, a mídia define e veicula padrões de beleza e comportamento.

Com o advento da tecnologia, esses padrões, cada vez mais inalcançáveis, são facilmente difundidos e compartilhados, alcançando pessoas das mais diversas idades e classes socioeconômicas..

Dentre os diversos transtornos alimentares que podem ser gerados por essa busca irrefreável, destaca-se a bulimia nervosa. Neste texto, você vai entender o que é a bulimia, seus sintomas e como tratá-la.

Bulimia = “fome de boi”

Bulimia significa “fome de boi”, uma vez que esse transtorno é caracterizado por episódios de crises bulímicas: orgias alimentares com consumo rápido de uma grande quantidade de alimentos, acrescidas por uma sensação de perda de controle, seguida por autodepreciação e culpa.

Quando essa crise bulímica vem acompanhada pelo desejo de purgar – ou expelir – os alimentos ingeridos após a sensação de culpa, caracteriza-se o quadro de bulimia nervosa, que é o termo correto para este transtorno alimentar, uma vez que a palavra “bulimia” sozinha apenas se refere, como dito acima, aos episódios de fome descomedida.

A bulimia nervosa é uma patologia psiquiátrica que atinge principalmente mulheres jovens – entre 15 e 25 anos –, mas pode também ocorrer em homens, mulheres adultas e até na menopausa.

Sintomas da bulimia nervosa

Esse transtorno alimentar costuma ser uma patologia solitária,a, pois normalmente seus sintomas não são evidentes e os episódios de crise bulímica e de purga costumam ocorrer em segredo. Além disso, ao contrário da anorexia nervosa, em que o emagrecimento é aparente e facilmente notado, na bulimia nervosa este simplesmente não acontece.

Os alimentos são ingeridos em quantidades exorbitantes e permanecem no organismo durante algum tempo até a purga – que pode se dar por meio de vômito, uso de laxantes ou de termogênicos –e uma boa parte de suas calorias chegam a ser absorvidas pelo organismo.

Dessa forma, as pessoas em volta não percebem o emagrecimento e nem têm acesso aos episódios de crise bulímica e de purgação, o que faz com que normalmente o diagnóstico da bulimia nervosa se dê de forma tardia, dificultando o tratamento.

Apesar disso, existem algumas características que podem ser observadas e servem para acender o farol amarelo. São elas:

Existem também alguns sintomas orgânicos gerados pela purgação excessiva, como: vasos sanguíneos quebrados nos olhos, boca seca, dentes pouco saudáveis e dificuldade em manter alimentos no organismo, mesmo quando a purga não é induzida.

Tratamento

A bulimia nervosa é um transtorno alimentar que tem bases psicológicas, porém afeta o funcionamento corporal em todos os níveis. Por isso, o tratamento recomendado é de cunho multidisciplinar, com acompanhamento médico, nutricional e psicológico.

Essa patologia normalmente vem acompanhada por outros transtornos mentais, como ansiedade, depressão e/ou transtorno obsessivo-compulsivo.O papel do psicólogo é ajudar o paciente a compreender as causas desses distúrbios e quais os pensamentos, sentimentos e comportamentos que corroboram para sua ocorrência.

Ao ser acompanhado por um profissional qualificado, o paciente entenderá sua relação com o próprio corpo, as influências externas na sua autoimagem e poderá trabalhar para desconstruir padrões socialmente impostos, por meio da ampliação do autoconhecimento.

Se você se identificou com este texto, ou conhece alguém que pode estar enfrentando a bulimia nervosa, não deixe de entrar em contato com um dos psicólogos da base do Psicologia Viva! Curta e compartilhe este texto nas suas redes sociais, para que mais pessoas possam ter acesso a esta importante informação.