Ícone do site Psicologia Viva

Como a saúde física influencia na mental e vice-versa

Compreensão entre saúde física e saúde mental 

A prática regular de atividade física tem sido apontada como fator de proteção à saúde mental durante a vida. Vários estudos têm possibilitado grande contribuição para uma visão mais ampla de como a saúde física e a saúde mental se relacionam.

Segundo o Ministério da Saúde, a prática regular de atividade física contribui para a proteção e combate às doenças crônicas não transmissíveis, como câncer, diabetes, cardiopatia e eventos de acidente vascular cerebral; além de estar relacionada a um menor índice de mortalidade por todas as causas.

O mínimo de atividade física recomendado pela OMS

Dados de 2019 mostram que, no Brasil, 44,8% da população não realiza o mínimo de atividade física recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A instituição recomenda que adultos façam atividade física moderada de 150 a 300 minutos ou de 75 a 150 minutos de atividade física intensa, por semana, quando não houver contraindicação.

Desde 2011, o Ministério da Saúde fomenta a implantação de polos do Programa Academia da Saúde (PAS) para incentivar ações de atividade física e promoção da saúde. Os exercícios físicos combatem doenças físicas e auxiliam na duração de uma vida mais longa. 

O Programa Academia da Saúde é uma das portas de entrada da Atenção Primária à Saúde. Os polos do programa são compostos por estruturas físicas, equipamentos e profissionais qualificados para o atendimento voltado às ações de diagnóstico, tratamento, prevenção e promoção da saúde. O programa foi baseado em experiências exitosas em alguns estados brasileiros e a avaliação destas reforçou a iniciativa nacional, estabelecida no âmbito do Sistema Único de Saúde.

Os benefícios para a saúde mental  

Para a saúde mental, a atividade física melhora a capacidade cognitiva e diminui os níveis de ansiedade e estresse de maneira geral. E realizar exercícios físicos favorece à autoestima, o autoconceito, a imagem corporal, as funções cognitivas e de socialização em pessoas que apresentam algum risco de saúde mental.

Tudo isso torna a atividade física um instrumento indispensável para a promoção da saúde mental.

Para mais, os movimentos realizados durante as atividades físicas auxiliam na liberação de endorfinas e serotoninas no cérebro, que são neurotransmissores relacionados à sensação de bem-estar e que ajudam a reduzir o estresse e a ansiedade.

Isso causa a chamada “estabilização afetiva”, que ajuda a memória e melhora a capacidade de raciocínio rápido e muitos outros benefícios, como:

  1. A memória,
  2. Elevação do humor,
  3. Aumento da disposição física e mental,
  4. Melhora da concentração,
  5. Fortalecimento do sistema imunológico,
  6. Alívio de dores e tensões musculares,
  7. Melhor qualidade do sono. 

Também é importante monitorar a qualidade das emoções e dos pensamentos diariamente.

Embora os exercícios ajudem a manter o humor elevado, eles não podem ser feitos em todo lugar e a todo instante. O que ajuda em momentos estressantes é o autocuidado.  

A sua prática nos ajuda a cultivar emoções e pensamentos de caráter positivo, gerenciar reações aos acontecimentos da vida, evitar conflitos interpessoais e apreciar a própria companhia.  

Essas habilidades são necessárias para mantermos a saúde mental no cotidiano, principalmente quando nos deparamos com adversidades.  

Conclui-se que pensar em cuidar da saúde física e mental é estimular hábitos produtivos para ambos, para se ter uma vida equilibrada e saudável.

Referências

  1. Ministério da Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. Brasília: MS; 2019.