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Vigorexia: o que é, sintomas, causas e consequências

Vigorexia

Vigorexia

O questionário não deve ser considerado como um diagnóstico, apenas como uma orientação dos níveis dos sinais. Nesse caso, sempre é recomendado consultar um profissional capacitado para uma avaliação completa.

Em tempos atuais, em que encontramos muitas pessoas utilizando o “foco, força, fé” ou “o de hoje está pago”, com inúmeras fotos em suas redes sociais para compartilhar seus treinos diários na academia e comprovar o quanto estão empenhadas e centradas em suas conquistas, é importante entender bem o que é vigorexia.

É lógico que não podemos generalizar. É preciso analisar diversas outras ações, para encaixar alguém em um diagnóstico. Todavia, de modo geral, tal termo relaciona-se a uma disfunção da imagem corporal, na qual a pessoa se enxerga mais fraca e magra do que é, na realidade.

Com isso, ela desenvolve comportamentos a fim de conseguir ganhar cada vez mais músculos. O assunto é importante e faz parte do contexto atual. Continue a leitura e entenda melhor os sintomas, as causas e suas consequências!

O que é vigorexia

O DSM-V classifica a dismorfia muscular  ̶  termo mais técnico para a vigorexia  ̶  como uma forma de transtorno obsessivo-compulsivo. Ela é predominante no sexo masculino, apesar de atingir algumas mulheres também. Há uma obsessão em atingir um corpo perfeito, muitas vezes irreal.

Isso provoca sensações aversivas, como ansiedade e baixa autoestima, o que leva a pessoa a se engajar em comportamentos que diminuam esses sentimentos ruins e busquem conseguir o que elas mais desejam.

Essa insatisfação constante e a procura por mais ganho muscular pode, ainda, vir acompanhada de outros transtornos, como o alimentar, a ansiedade social, neuroticismo ou depressão. Dessa forma, faz-se necessária uma avaliação mais profissional para avaliar cada caso.

É importante lembrar que o resultado do questionário não é uma avaliação psicológica. Assim, apenas por esse resultado, não é possível diagnosticar um quadro de baixa autoestima.

Causas e sintomas

A causa é individual, assim, o que motiva uma pessoa a ter um transtorno pode ser diferente do que motiva a outra. Porém, não podemos deixar de mencionar o papel das mídias e dos influenciadores digitais nessa questão, que acabam sendo referências de corpos perfeitos, muitas vezes, inatingíveis.

Pode estar relacionada, ainda, a um distúrbio genético ou desequilíbrio químico no cérebro. Assim, como também, ao fato de a pessoa, por algum motivo, ao longo de sua história de vida, ter aprendido que sua aparência física tinha grande importância para que ela fosse valorizada. Já os sintomas podem ser:

Consequências e tratamento

Muitas vezes, a pessoa tem sua vida social prejudicada, pois a preocupação em atingir o corpo perfeito a impede de aproveitar momentos de relaxamento com os amigos, nos quais é comum ter um tipo de alimentação que prejudica seus objetivos.

Outra consequência possível é o indivíduo fazer ingestão de anabolizantes, que apesar de colocarem em risco sua saúde, ajudam a conquistar os objetivos de forma mais rápida. Tal conduta pode levar ao aumento da ansiedade e depressão, interferir na fertilidade masculina, além de colocar em ameaça sua vida, com maiores chances de infarto, insuficiência renal, trombose e câncer.

O tratamento acontece de acordo com o motivo que levou a pessoa a desenvolver o transtorno. Geralmente, será preciso recuperar a autoestima, trabalhar a autoaceitação e verificar a presença de outros sintomas, como ansiedade e depressão.

O acompanhamento psicológico é de extrema importância para ajudar o indivíduo a reestabelecer sua qualidade de vida. Dessa forma, agora que você entendeu o que é vigorexia, se conhecer alguém que se encaixe nesse perfil, não deixe de apoiar a pessoa.

Se restou alguma dúvida ou se você quiser acrescentar alguma experiência, coloque um comentário aqui, que poderemos trocar uma ideia!


REFERÊNCIAS:

Bezerra, Diego Fernandes, Lucas Vinicius Alves Sampaio, and Lieji Agnes dos Santos Raposo Landim. “Diagnóstico de vigorexia e dismorfia muscular em universitários da área da saúde.” Nutrición clínica y dietética hospitalaria 38.4 (2018): 179-182.

Bragança, Vanessa. “Vigorexia: A patologia do culto ao corpo.” Renefara 9.9 (2017): 319-330.

BRESSAN, MAITÊ REGINA, and CONSTANZA PUJALS. “Transtornos alimentares modernos: uma comparação entre ortorexia e vigorexia.” Revista UNINGÁ Review 23.3 (2015).