Ícone do site Psicologia Viva

Ansiedade patológica

Todos nós sabemos que o medo é um sentimento universal: todos sentem, e diversos estudos demonstram ser uma emoção primária e natural do ser humano, necessária para a proteção e perpetuação da espécie. Essa emoção está incrustada em nosso DNA e faz parte da nossa existência. Sua abrangência vai desde a decisão de lutar ou fugir até o acúmulo traiçoeiro que deságua no estresse e na ansiedade, levando ao esgotamento físico e mental. 

Portanto, a ansiedade nada mais é que uma reação natural do nosso corpo. É um mecanismo de sobrevivência para lidarmos com situações de perigo. Portanto, é normal sentir-se ansioso frente a situações em que precisamos tomar decisões importantes, ou em situações de estresse e/ou alta pressão. 

Quando surge a ansiedade? 

A ansiedade pode ocorrer em qualquer momento do dia, dependendo do estímulo que a desencadeia. 

Certos eventos podem ser desencadeados por elementos surpresa no dia a dia, como uma discussão no trânsito, até mesmo preocupação com uma prova na faculdade. Situações pontuais, como estes exemplos, podem gerar pensamentos intrusivos/negativos e frequentes sensações desagradáveis que, por sua vez, podem desencadear crises ou perturbações de ansiedade a longo prazo.

Situações cotidianas 

São nas situações cotidianas que notamos que nada está bem. Em certas situações, ao reagirmos, frequentemente, de forma exacerbada aos contratempos e às dificuldades do dia a dia, acabamos por adoecer, uma vez que o excesso de hormônios de estresse (cortisol e adrenalina) podem ocasionar vários reflexos físicos e emocionais.  

À medida que vai aumentando o grau de ansiedade de um indivíduo, o seu desempenho também vai aumentando, melhorando as chances de sucesso em determinada atividade; até que atinge um ponto a partir do qual o aumento da ansiedade passa a não ser mais associado a vantagens e, sim, a prejuízos, passando a alterar o comportamento normal do indivíduo e a afetar negativamente sua vida. 

Patologias da ansiedade

A ansiedade passa a ser patológica quando prejudica até mesmo as pequenas tarefas do nosso dia a dia, por exemplo, quando você falta compromissos, e também quando a angústia que ela provoca começa a refletir fisicamente em seu corpo. 

A patologia, portanto, quando é desproporcional à possível causa, persiste por tempo muito maior do que o necessário, quando se repete em pequenos intervalos de tempo ou quando não existe um fato ou situação específica, para os quais seja direcionada. 

Neste caso ela passa a ser um distúrbio de ansiedade, com os seguintes sintomas:

Complicações da ansiedade 

Entre as diversas complicações podemos destacar:

Tratamento da ansiedade 

Não existe um único caminho para controlar a ansiedade, mas, sim, vários, que devem ser avaliados mediante as características evidenciadas em cada caso. 

A psicoterapia ou acompanhamento psicológico pode ajudar numa melhor compreensão do problema e na forma como este é encarado, promovendo ainda a aquisição e o treino de estratégias para minimizar os sintomas que a pessoa apresenta. 

Em outros casos pode, sim, ser necessário o recurso de medicamentos (ou remédios), particularmente ansiolíticos ou benzodiazepinicos 

Nesse caso, é essencial marcar uma consulta com um médico psiquiatra ou psicólogo. Os tratamentos dividem-se em três tipos: 

Você já apresentou algum sintoma ou sofre com o problema? Então, compartilhe sua experiência conosco nos comentários abaixo!

Referências 

  1. Dalgalarrondo, P. (2000). Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed.   
  2. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462000000600006 - acessado em 25/02/2022 
  3. Zuardi, A. W. (2017). Características básicas do transtorno de ansiedade generalizada. Medicina (Ribeirão Preto, On-line.), 50(Supl.1), 51-55. Disponível em http://www.periodicos.usp.br/rmrp/article/view/127538/124632 
  4. Kinrys, G., & Wygant, L. E. (2005). Transtornos de ansiedade em mulheres: Gênero influência o tratamento? Revista Brasileira de Psiquiatria, 27(2),43-50. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rbp/v27s2/pt_a03v27s2.pdf