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Esgotamento psicológico: quando o trabalho domina a sua vida

Você já ouviu falar ou já leu em algum lugar sobre a palavra “esgotamento”? O Dicionário Michaelis nos diz o seguinte sobre a palavra “esgotamento”:

1) Ato ou efeito de esgotar(-se); esgotadura, esgote, esgoto.

2) Cansaço extremo; exaustão, fadiga, extenuação.

Para a psicologia, esgotamento psicológico é quando algo chegou ao limite, causando exaustão mental, emocional e física. Logo, vemos que o significado que o dicionário nos apresenta para o termo atrelado a psicologia não estão muito distantes certo? 

O corpo e mente caminham juntos e quando ambos estão afetados, é sinal de que você precisa de apoio. Podem estar relacionados a uma gama de sintomas contínuos de estresse, ansiedade, depressão e desgastes no trabalho e na vida pessoal. 

Quais são os principais sintomas?

Os principais sintomas são:

Vivendo em tempo integral o trabalho 

Em geral, muitas pessoas vivem suas vidas conectadas em tempo integral com o trabalho. As tecnologias como WhatsApp, e-mails e demais redes nos aproximaram bastante, diminuindo distâncias, mas ampliaram também a ausência de limites em determinadas relações, por exemplo, profissionais.

Já se percebeu respondendo mensagens via WhatsApp do trabalho em horários fora de seu turno oficial?

Já se pegou respondendo e-mails do trabalho em pleno final de semana ou em horários bem atípicos para “adiantar” sua rotina? 

Já se sentiu pressionado a ficar interagindo em grupos de WhatsApp de trabalho, mesmo fora do seu horário convencional, para mostrar-se disponível? 

Já tentou não fazer nada fora do seu horário, mas sentiu-se “pressionado” a fazer por que seus outros colegas fazem isso? 

Se suas respostas foram sim para a maioria das questões, provavelmente muitos irão te chamar do famoso workaholic, que em português significa literalmente alguém viciado em trabalho. E você, considera-se assim? Pense um pouco. 

Em geral, as pessoas acabam cedendo às pressões que o trabalho exerce, deixando de lado muitas vezes suas vidas pessoais para cumprir obrigações do trabalho. Porém, muitas vezes, essas pressões por mais que possam vir das organizações podem ser muito mais internas, ou seja, suas do que dos outros. 

E agora, como não viver o trabalho de modo integral?

Aqui vão algumas possibilidades:

E quando descubro que o meu trabalho me faz mal?

Bom, neste caso, temos outras questões a serem refletidas. Existem alguns fatores que podem intensificar a sensação de esgotamento psicológico no trabalho, tais como:

Se você se percebe em alguma dessas situações acima, pode ser a hora de repensar sobre esse lugar. 

É hora de mudar?

Bom, se você descobriu que não se identifica com seu trabalho, ou que lá existe um ambiente ou gestor tóxico demais para que você continue, talvez seja hora de buscar novos horizontes, mas antes pense e responda:

Essas perguntas são importantes para você mesmo chegar a algumas conclusões que provavelmente já estavam em sua mente, mas que precisam ser pontuadas. 

Se acredita que finalmente é hora mesmo de mudar, procurar uma nova oportunidade de emprego pode ser um caminho a ser feito. Antes de mais nada, verifique se você quer mesmo continuar nesta área em que se encontra. 

Muitas vezes é natural que se tenha o medo de arriscar porque você está preso a muitas coisas, como salário, benefícios ou até mesmo status do cargo ou posição em que se encontra, mas isso tudo te faz ficar como no final do dia?

Também não se pode simplesmente sair e pronto. É preciso se planejar, pensar, avaliar junto com sua família o melhor caminho e o que pode ser feito. 

De qualquer forma, permita-se buscar aquilo que está dentro de você. Permita-se sair da sua zona de conforto, mas tenha apoio para isso. 

Técnica prós e contras

Uma maneira muito boa para você chegar a algumas conclusões em sua vida é a famosa avaliação de situações favoráveis ou desfavoráveis ou prós e contras. 

Pegue uma folha de papel e faça:

A conclusão poderá ser visualizada primeiramente pela quantidade dos pontos favoráveis e depois pela qualidade desses mesmos pontos que você enumerou de se fazer essa mudança de emprego. Ou seja, não basta simplesmente um ser maior que o outro, é preciso avaliar também força dos motivos para essa tomada de decisão importante em sua vida. 

Por fim, se a decisão foi escolhida, faça os seguintes registros:

Como/Quando/Onde? Como sairá da empresa atual, quando seria o melhor momento e para onde você irá, outra empresa, negócio próprio, etc.  

Se for, permanecer no emprego, é importante aprender a administrar maneiras de enxergar esse espaço sem absorver tanto tudo a sua volta. 

Faça terapia on-line

Para você aprender a lidar com as frustrações, as dificuldades e o esgotamento psicológico é necessário que você se insira em um acompanhamento psicológico. Muitas vezes algumas decisões não são aquelas que realmente queremos como mudar de emprego, mas, pode ser continuar no emprego atual mesmo com todas as dificuldades apresentadas, logo, o que fazer para diminuir o sofrimento

Acredito que você pode estar assim por ter sido forte demais por muito tempo. Imagino que já deve estar sendo bem difícil administrar tantas questões, porém, com o apoio do psicólogo você poderá gerenciar melhor suas emoções, trabalhar a assertividade, aprender técnicas pertinentes e desenvolver habilidades e modos mais sadios para seguir com seu cotidiano e com sua vida. 

A terapia on-line tem a mesma efetividade da terapia no formato presencial. Estou disponível para atendê-los! E juntos fazermos um trabalho cooperativo com foco principal em sua saúde mental e em seu bem-estar.

Investir em sua saúde mental é investir em você como um todo. Te espero on-line!

 

André Zonta

Psicólogo CRP 16/3413

Conheça meu Site e Redes Sociais: https://cliolink.com/andrezonta

Psicologia Viva:  https://blog.psicologiaviva.com.br/andrezonta/Diversos Convênios e parcerias com diversas empresas. 

 

Referências utilizadas:

  1. Terapia cognitivo-comportamental na síndrome de Burnout: conceitualização e intervenções de Anelisa Vaz de Carvalho
  2. Dying for a paycheck de Jeffrey Pfeffer