Você sabe tudo sobre dislexia? Pense bem: a saúde mental é um tema de extrema importância nos dias atuais, e entender suas diferentes facetas é essencial para promover o bem-estar e a inclusão de todas as pessoas.
Nesse contexto, a dislexia desponta como um transtorno específico de aprendizagem que afeta a capacidade de ler, escrever e soletrar de maneira precisa e fluente.
Segundo dados oficiais, a dislexia é mais comum do que se imagina, afetando cerca de 5% a 10% da população mundial.
A falta de conscientização e compreensão sobre a dislexia pode levar a estigmas, baixa autoestima e até mesmo ao subdiagnóstico.
Por isso, é fundamental abordar esse assunto com seriedade e empatia, para aqueles que enfrentam o transtorno possa receber o apoio necessário e desenvolver todo o potencial.
Conversamos com Sara Santos, psicóloga da Conexa Psicologia Viva para entender melhor sobre o assunto. Veja só!
O que é dislexia?
Segundo a profissional, dislexia é um transtorno que causa dificuldades em identificar palavras e sons.
“Se apresenta na fase da alfabetização, quando a criança entra em contato de forma mais enfática com números e letras, consequentemente com leitura. É natural os pais acharem que é uma dificuldade passageira ao invés de perceberam que é um transtorno de fato”.
Ela ainda explica que esse transtorno está relacionado a funcionalidade dos circuitos cerebrais.
Assim, as áreas não funcionam de forma correta, ocasionando uma má funcionalidade das áreas relacionadas à leitura e à escrita, dentre outros.
Diferenças entre TDAH e Dislexia
O Transtorno de Déficit e Hiperatividade (TDAH) e a dislexia são condições neurológicas que podem afetar o desempenho acadêmico e a saúde mental das pessoas, mas é importante compreender suas diferenças para um diagnóstico e tratamento adequados.
“O disléxico tem facilidade em memorizar tabuada, diferenciar direita e esquerda e vê as horas, já o paciente com o TDAH não demonstra essas dificuldades”, afirma a profissional.
Ou seja: enquanto a dislexia está relacionada às dificuldades específicas na leitura, escrita e ortografia, o TDAH envolve problemas com atenção, hiperatividade e impulsividade.
Pessoas com TDAH podem ter dificuldades em se concentrar, seguir instruções, organização e administração do tempo. Já a dislexia afeta, principalmente, a habilidade de decodificar e compreender as palavras, resultando em dificuldades na leitura fluente e compreensão de textos.
Outra diferença notável entre as duas condições é a sua origem. Enquanto a dislexia é considerada uma condição genética e hereditária, o TDAH é influenciado por fatores genéticos, ambientais e neuroquímicos.
É importante ressaltar que é possível que uma pessoa seja diagnosticada com TDAH e dislexia simultaneamente, pois essas condições podem coexistir em alguns casos.
Principais sinais da dislexia
Os principais sinais da dislexia são:
- Atraso no desenvolvimento inicial da linguagem;
- Dificuldade para reconhecer as diferenças entre sons semelhantes;
- Aprendizagem lenta de novas palavras;
- Dificuldade em copiar no quadro, do livro e dificuldades em aprender habilidades em leitura, escrita e ortografia.
É importante ressaltar que a presença de um ou mais desses sinais não necessariamente confirma o diagnóstico de dislexia, mas pode indicar a necessidade de uma avaliação mais aprofundada por profissionais especializados.
Segundo Sara, as causas podem ser por questões didáticas, estruturais e culturais, falta de estímulo da família ou até falhas no aprendizado da alfabetização.
Tem solução!
O tratamento da dislexia é multifacetado e visa proporcionar às pessoas afetadas as ferramentas e estratégias necessárias para superar as dificuldades.
Embora seja uma condição de longo prazo, com intervenção adequada, é possível desenvolver habilidades compensatórias e aprender a lidar com os desafios.
Um dos pilares fundamentais no tratamento da dislexia é o suporte educacional especializado.
Professores treinados com técnicas específicas para ajudar os alunos com o transtorno podem fornecer estratégias de ensino diferenciadas e utilizar recursos visuais e auditivos que facilitem a aprendizagem.
A abordagem individualizada é essencial para atender às necessidades específicas de cada pessoa.
Além disso, a terapia pode ser uma ferramenta valiosa.
Por meio desse apoio, os indivíduos com dislexia podem aprender a identificar suas habilidades e dificuldades específicas, desenvolvendo métodos personalizados.
A psicóloga ainda reforça:
“Quando existem comorbidades associadas à dislexia, como questões emocionais, é preciso que se entenda e faça a criança entender e aumentar a sua autoestima, e que o psicólogo esteja em contato com professores auxiliando na aprendizagem”.
Sara Santos Borges é psicóloga da Psicologia Viva.
A profissional atua em temas como déficit de atenção, maternidade, infância, ansiedade e muito mais.
Para marcar uma consulta, acesse: https://perfil.psicologiaviva.com.br/saraborges
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