Como ajudar meu filho no processo de escolha profissional?

Como ajudar meu filho no processo de escolha profissional?

Momento angustiante para os pais é esse da escolha profissional dos filhos. Tanta coisa parece estar em cheque: a realização profissional e financeira, o prestígio e respeito profissional e, é claro, a felicidade deles.

Pais nesse momento agem de variadas formas que podem ajudar muito ou atrapalhar o processo do jovem, mesmo que as atitudes para com os filhos sejam ancoradas no que há de mais puro e belo nessa relação que é o amor.

Confira algumas dicas para ajudar seu filho nesse momento tão importante.

#1 Não entregue a ele o legado de realizar o seu sonho profissional

É duro pensar desse jeito, não? Mas essa é uma grande verdade: muitas vezes, nós pais projetamos para a carreira profissional de nossos filhos aquilo que seria, na verdade, a nossa realização profissional. E pior… às vezes fazemos isso sem perceber.

Essa atitude pode gerar consequências difíceis para a relação pais e filhos. Se o adolescente se sentir privado do poder de escolha, ele poderá rejeitar totalmente aquilo que os pais aconselham. 

Em contrapartida, quando esse jovem é muito obediente aos pais, sua resposta pode ser de submissão ao desejo dessas figuras tão amadas e, futuramente quando já estiver no caminho de formação profissional poderá sofrer uma dolorosa decepção pessoal.

É importante lembrar que você também pode ajudar seu filho buscando psicoterapia para fazer seu próprio processo de autodescoberta e resolver frustrações e dilemas relacionados à suas escolhas do passado e do presente.

#2 Tenha uma conversa franca e aberta 

Conversar franca e abertamente com um filho adolescente pode ser a tarefa mais difícil para os pais nesse momento da vida de ambos

Entenda que ele está buscando definir sua própria identidade e para isso é esperado que tente se diferenciar de sua família. Por isso os adolescentes são tão “rebeldes” e gostam de desafiar seus pais. Em doses equilibradas essa rebeldia é saudável para a descoberta de uma das maiores questões da vida humana: a resposta à pergunta “quem sou eu?”.

Assim mesmo, uma conversa franca é sempre uma excelente saída. Procure falar não só dos seus desejos para a vida e o futuro dele, mas também de seus desejos pessoais, sua história, aquilo do que se arrepende de não ter feito quando era mais jovem, aquilo que sonhava fazer e seus pais não o apoiaram.

Tente colocar o adolescente que você foi conversando com o adolescente que seu filho é. Pode ser que vocês tenham uma grata surpresa.

#3 Escute o desejo dele

Muitas vezes, nós pais, pecamos por não escutarmos os desejos de nossos filhos, afinal, sabemos melhor do que ninguém o que é melhor para eles, certo? Nem sempre!

Isso mesmo! Nem sempre sabemos o que é melhor para nossos filhos. Desejamos sim o melhor para eles. Porém, devemos sempre respeitar esse jovem como um sujeito que deseja coisas. Sim! Ele gosta de certas coisas, detesta outras e quer se esforçar para gostar de algumas.

Só é possível entender melhor um filho adolescente a partir do momento em que abrimos nossos ouvidos e mentes para, de fato, não somente ouvi-lo, mais do que isso, quando escutamos e damos valor, ou seja, validamos seus sentimentos e desejos.

Não significa “passar a mão na cabeça”. Muitas vezes basta escutar e dizer: “Entendo o que você sente e você tem razão de se sentir assim”. Pode ser mágico. Tirá-lo do lugar de quem não pode querer porque você é quem sabe o que é melhor para ele, para colocá-lo no lugar de alguém que pode desejar algo para sua própria vida (mesmo que pareça absurdo para você). Essa é a mágica da validação.

#4 Encoraje-o a conhecer a realidade das profissões pelas quais se interessa

Essa dica em prática pode se tornar um gostoso momento de descoberta mútua. Se ele permitir, busque conhecer junto com ele a realidade das profissões um pouco mais de perto. Vale encorajá-lo a fazer visitas técnicas, entrevistar profissionais de seu círculo social e até mesmo tentar assistir uma aula do curso de interesse do jovem.

Mas, olha só, lembrem-se de deixar que ele faça o movimento de exploração. Cabe a vocês ajudarem com contatos e ideias. Na prática é seu filho que fará a visita ou a entrevista. Dê espaço para ele.

Ah! E o mais importante: conversem sobre as descobertas. Tenho certeza que vocês pais conhecerão muitas coisas novas a partir desse mergulho de seu filho.

#5 Apoie a(s) escolha(s) de seu filho

Talvez essa seja a parte mais difícil quando a relação está prejudicada pelas expectativas mencionadas na dica #1 ou quando o adolescente não se sente ouvido e, por isso, o diálogo fica prejudicado.

Chegar a essa fase do apoio verdadeiro, significa ter aberto a mente e o coração para enxergar seu jovem filho como ele é, dando espaço para o que ele sente, ouvindo verdadeiramente aquilo que ele deseja.

Claro que fazer essa escolha não é fácil, principalmente quando o adolescente se cobra por uma escolha que pode ser para vida inteira. Por isso, se liga na última dica desse post.

#6 Não precisa ser uma escolha para o resto da vida

Entendam que a escolha profissional nesse momento da vida pode não ser um escolha “para sempre”. Estudos já comprovam que, na contemporaneidade, as pessoas têm feito mudanças de carreira cada vez mais novas.

Em um mundo onde as inovações acontecem a todo vapor é mais do que natural que o sujeito tenha que rever seus caminhos profissionais, buscando adequação a um mercado extremamente mutável.

Além disso, nos dias de hoje a máxima “trabalhe com o que ama” vem se tornando condição imperativa para o sucesso de uma pessoa, já que esse conceito se refere a realização financeira, profissional e pessoal ao mesmo tempo.

E para fechar esse bate-papo sobre filhos adolescentes, convido você a conhecer meu perfil. Se tem um filho nessa situação, venha conhecer a Orientação Profissional que, com certeza, é uma grande aliada para uma escolha mais consciente e segura.

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