As diferentes fases da maternidade: Como cuidar da saúde mental em cada uma delas?

As diferentes fases da maternidade: Como cuidar da saúde mental em cada uma delas?

No último domingo, comemoramos o dia das mães e, pela internet, vários profissionais da saúde trabalharam para discutir sobre da saúde mental das genitoras.

A cobrança da sociedade sobre as mães

Mas, afinal, qual a importância de falarmos sobre essa temática? Em nossa sociedade, para ser considerada mãe a mulher precisa ser simplesmente perfeita. Não pode chorar, não pode se cansar, não pode gritar, não pode deixar de falar.

Ou seja, a vida dessa mulher é cheia de “não pode” e “você deve”, já que parece que na criação dos filhos todo mundo “pode meter a colher”.

Pronto! No meio de todas as alterações físicas e emocionais que a mulher vivencia durante a gestação, puerpério e desenvolvimento de seus filhos, o acompanhamento psicológico surge como um cuidado à saúde dessa mulher.

Sempre falamos que antes de conseguirmos cuidar do outro, inicialmente precisamos cuidar de nós mesmo. Porém, nem sempre as pessoas, especialmente as mães, acreditam ou conseguem cuidar de si mesmas.

Os dilemas e dificuldades que a mãe pode experimentar

O que essa gestação significa na vida de uma mulher? Antes mesmo da descoberta da gestação, aquela mulher pode ou não ter feito planos para sua carreira profissional ou acadêmica, pode ou não ter programado gastar seu salário de determinada forma, estar em uma relação saudável ou não, quem sabe, ou ter ou não ter algum tipo de vínculo com o pai de seu filho.

Em algumas histórias, a criança pode ser extremamente desejada e esperada por sua família. Essas e infinitas outras questões interferem em como a mulher irá lidar com a gestação e com o bebê.

Pronto! Já se sabe que tem uma nova pessoa dentro dela. E agora? “Não posso mais chorar porque o bebê sente”, “não posso ficar triste, porque o bebê sente”, “E eu? Quem vai se preocupar comigo?”.

Costumo informar sobre a importância de todas as emoções que nós enquanto seres humanos vivenciamos. E, sim, um mãe pode se sentir triste, e sempre sugiro que a genitora converse com o bebê e explique a este o motivo de sua tristeza.

“Meu filho, eu estou triste porque não estava esperando ter um bebê agora. Não temos muito dinheiro no momento. Mas, saiba que estou aqui com você”. Já que de toda forma o bebê irá sentir, uma ótima oportunidade é falar com ele as causas de tais sensações. Esconder não pode ser uma opção. Essa comunicação sincera pode fortalecer o vínculo entre a mãe e o bebê.

Chegou o dia do parto

Cesariana ou normal? Algumas mulheres acreditam que um parto humanizado é apenas o parto normal. E que caso não seja possível um parto normal, a mãe já perde -10 pontos no placar geral da mãe perfeita.

Um parto humanizado é muito mais que um tipo do parto. É também essa genitora ter alguém de sua confiança junto de si, é receber palavras respeitosas por parte da equipe de saúde que está cuidado dela, ver seu bebê quando ele nasce (caso seja possível), participar do primeiro banho, etc.

Enfim, existe muito a se fazer para que o momento do nascimento seja saudável, tanto para o bebê quanto para sua mãe.

O primeiro encontro com o bebê

Como essa genitora imaginava que seria seu filho? Agora, ela olha para ele e pode encontrar alguém parecido com o filho que ela imagina, ou não. É preciso ir se desvinculando do bebê imaginário e ir construindo vínculo com aquele bebezinho ali, real.

Esse processo é construindo mesmo. Nada é de uma hora para outra. Leva tempo amar alguém. É preciso muita generosidade consigo mesma nesse momento.

“Por que ninguém pergunta como eu estou?”

A genitora que até antes do parto era o centro das atenções com aquela barriga linda, agora não recebe nem uma perguntinha de como está, ou se precisa de algo. Não, isso não é bobagem. Isso é real.

Nem todas as pessoas conseguem ouvir uma mãe falar sobre isso. E mais uma vez aqui a importância de um profissional para cuidar dos aspectos emocionais desse ser humano, que vivencia um momento de transição importante.

Sobre maternidade ainda há muito o que a gente conversar. E me disponho a voltar aqui para falarmos sobre a mãe e a sua relação com seu filho.

Então, até breve!

THAYS FORTUNATO TAVARES CAMARGO
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