Para você tomar as suas decisões, você sempre aguarda a decisão do companheiro? Ou ainda: sente que para ser feliz depende da felicidade do outro? Talvez você esteja sofrendo de dependência emocional.
Muito mais comum do que imaginam, sair desse estado não é é algo simples de enfrentar, mas esse desafio pode trazer relacionamentos mais saudáveis e estáveis.
Veja como você pode ter uma vida melhor com as dicas a seguir!
O que é dependência emocional?
Esse é um estado psicológico que ocorre nas relações pessoais. Inclusive, engana-se quem pensa que ela atinge apenas relacionamentos amorosos; a dependência emocional pode estar presente em um relacionamento de família ou até com amigos.
“Ela faz com que sentimos uma necessidade insaciável de estar com aquela pessoa e não conseguimos romper laços. Pode fazer com que dependemos de opiniões externas para decidir sobre situações cotidianas”, explica Thalita Cristina dos Santos, psicóloga da Psicologia Viva.
De acordo com a profissional, ela pode se apresentar tanto em homens quanto mulheres, porém, é mais comum acometer mulheres.
“Se levarmos em consideração a teoria do apego, desde que nascemos aprendemos a ser apegar a ‘alguém’ e no decorrer da nossa vida esse apego se ocorrer de forma disfuncional pode virar uma dependência”, esclarece.
Quais as maiores causas?
Você sabia que, muitas vezes, a causa da dependência emocional pode vir na infância? Isso pode ocorrer em razão de um vínculo mal formado; a figura de apego traz prejuízos nos relacionamentos e tal situação faz com que o indivíduo procure em seu parceiro um amor e afeto que faltou quando criança.
Mas há também outras explicações! O medo de perder ou a ansiedade de separação podem fazer com que a pessoa se fixe num amor dependente.
“Acredita-se que uma experiência de vida negativa somada à vulnerabilidade social com o aumento da ansiedade seriam um dos fatores, além de casos de filhos superprotegidos por seus genitores”, explica.
A profissional ainda salienta que estudam mostram que um indivíduo com o apego ambivalente pode desenvolver um amor dependente, marcado pelo medo de ficar sozinho, mesmo que esse relacionamento seja prejudicial.
Essa ambivalência de sentimentos originado na primeira infância é caracterizada pela criança que cresceu com esse apego inseguro e não consegue se distanciar de uma relação mesmo ela sendo insatisfatória.
Quais os principais sintomas?
Veja a lista dos principais sintomas da dependência emocional:
- Dependência do outro,
- Necessidade de cuidado excessivo,
- Medo em ser abandonado,
- Submissão em diversas situações,
- Falta de autoconfiança,
- Baixa autoestima e sentimento de inferioridade em qualquer atividade,
- Dificuldades em tomar decisões cotidianas;
- Dificuldades em manifestar desacordo com outros devido a medo de perder apoio ou aprovação;
- Dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por conta própria;
- Vai a extremos para obter carinho e apoio de outros;
- Sente-se desconfortável ou desamparado quando sozinho devido a temores exagerados de ser incapaz de cuidar de si mesmo.
“Uma pessoa dependente emocionalmente tende a assumir uma posição submissa, podendo ignorar suas próprias necessidades a fim de satisfazer o outro, podendo também aceitar desprezo e humilhação”, explica a profissional.
Ela ainda explica que a dependência emocional também pode ser caracterizada por outros comportamentos, como possessão e ciúmes excessivos, em relacionamentos amorosos, fazendo com que o indivíduo dependente se torne uma pessoa tóxica em seus relacionamentos, por sempre querer atenção, de forma disfuncional.
Como tratar?
Dra. Thalita Cristina dos Santos explica que muitas pessoas não enxergam a dependência emocional como algo sério, porém, esses comportamentos são determinantes para a independência do sujeito.
Dessa forma, a terapia é fundamental para auxiliar que o indivíduo tenha mais autocontrole, entenda a causa, melhore a autoestima, autoconfiança e o autorrespeito.
“A prevenção vem do autocuidado, do se amar, do trabalhar a independência emocional. Lembrando que a independência não quer dizer que não irá relacionar com mais ninguém. Mas uma relação saudável. Somos seres humanos, relacionamentos fazem parte da nossa vida”.
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Fonte
Thalita Cristina dos Santos, psicóloga da Psicologia Viva. A profissional é especialista em acompanhamento pessoal, conflitos amorosos, estresse, medos e fobias, entre outros temas.
A dra. possui pós-graduação em Terapia Cognitivo-Comportamental e fez diferentes cursos, como “O manejo psicológico diante do luto” e “Introdução ao manejo Clínico da Ansiedade”.
Para marcar uma consulta, acesse: https://perfil.psicologiaviva.com.br/thalitacristina
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