Empresas: Organismos vivos 

Empresas: Organismos vivos 

A estrutura vital de uma empresa 

Caro leitor(a),

E se uma organização fosse um organismo vivo? 

Bom, como se sabe, todo organismo vivo – dos mais simples aos mais complexos – possuem um sistema de elementos que trabalham em conjunto, sempre no intuito de manter a homeostase; ou seja, o equilíbrio do corpo.  

Realizada esta breve ilustração, elabora-se a estrutura simples de uma empresa que, segundo Silva e Raichelis (2015) é possível traçar três níveis básicos:

  1. Estratégico (presidente, diretor e gestor),
  2. Tático (gerente, coordenador e encarregador) e
  3. Operacional (auxiliares, estagiário e assistentes).

Todos estes, respectivamente, conectados uns aos outros. 

Objetivos e cultura organizacional 

Assim como um organismo vivo, uma organização está constantemente sendo bombardeada de estímulos, desde a sua fundação até os seus momentos mais atuais. As necessidades empresariais se relacionam diretamente com as formas pelas quais as organizações se utilizam para atingir um certo objetivo. Essas formas singulares de ações acabam por caracterizar a organização, cujo delineamento pode ser compreendido como Cultura Organizacional (CROZATTI, 1998). 

Com base nesse pressuposto, acaba sendo possível pensar a Cultura Organizacional como aquela que engloba um conjunto de hábitos, crenças; pensamentos que moldam aspirações coletivas para o sucesso empresarial (LEITE FREIRE; RENAULT DE MORAES, 2014). 

Hierarquia, equidade e saúde mental 

A potência de compreender os conceitos anteriores se faz presente apenas quando os mesmos são compartilhados, absorvidos e alinhados com a postura de cada colaborador, reverberando até numa discussão de padrões éticos (SZWAKO; DOWBOR; ARAÚJO, 2020).

Para isso, a consistência de uma Cultura Organizacional deve estar sempre disposta ao zelo de uma Auditoria Interna, que tem como maior objetivo analisar a eficiência das práticas empresariais, alinhando produtividade e qualidade (SILVA; VIEIRA, 2015).

Neste contexto, logo se menciona o cuidado para com a deturpação hierárquica que, às vezes, é fator de desrespeito entre colaboradores e, como consequência, acarreta em uma baixa na qualidade do trabalho (SILVA; RAICHELIS, 2015).

Com base no descrito, no estudo de Araújo, Palma e Araújo (2017), logo se vislumbra uma Saúde Mental no trabalho pautada no ambiente, competências, necessidades e contexto em que o trabalhador venha a estar situado; o que pode influenciar de forma positiva ou negativa em sua saúde psíquica. 

Trabalho e acolhimento em 2022 

Enfim, caro(a) leitor(a), chegamos perto do fim deste texto. Todavia, ressalta-se dois pontos:

1 – Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no quarto trimestre de 2021, o Brasil somou uma taxa de 12 milhões de pessoas desempregadas; ou seja, indivíduos acima de 14 anos de idade que não estão trabalhando;

2 – Por outro lado, em 2021 foram gerados 2.730.597 Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED 

Ainda que este cenário de pequena recuperação seja notório, ainda está longe do ideal. Por outro lado, tais indicadores apontam a necessidade de pensar nas organizações como ambientes acolhedores. Este acolhimento, por sua vez, aponta não somente para novas ideias, mas também para a promoção de um ambiente de crescimento coletivo. 

Referências 

  1. ARAÚJO, Tania Maria; PALMA, Tarciso de Figueiredo; ARAÚJO, Natália do Carmo. Vigilância em Saúde Mental e Trabalho no Brasil: características, dificuldades e desafios. Ciência & Saúde Coletiva, v. 22, p. 3235-3246, 2017. 
  2. CROZATTI, Jaime. Modelo de gestão e cultura organizacional: conceitos e interações. Caderno de estudos, n. 18, p. 01-20, 1998. 
  3. LEITE FREIRE, Denilson Aparecida; RENAULT DE MORAES, Lúcio Flávio. Percepção de valores organizacionais: contribuições para a gestão de pessoas no setor de serviços. 2014. 
  4. SILVA, Ociana Donato da; RAICHELIS, Raquel. O assédio moral nas relações de trabalho do (a) assistente social: uma questão emergente. Serviço Social & Sociedade, p. 582-603, 2015. 
  5. SILVA, Manuela Alvares; VIEIRA, Eloir Trindade Vasques. Auditoria Interna: uma ferramenta de gestão dentro das organizações. Revista Eletrônica do Departamento de Ciências Contábeis & Departamento de Atuária e Métodos Quantitativos (REDECA), v. 2, n. 2, p. 1-20, 2015. 
  6. SZWAKO, José; DOWBOR, Monika; ARAÚJO, Ramon. A produção de artigos acadêmicos sobre movimentos sociais publicados nos periódicos brasileiros (2000–2017): tendências e inovações. BIB-Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, n. 92, p. 1-22, 2020. 
Pedro Vitor Cerqueira Paiva
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