Então você não tem Nomofobia?
Uffffaaaa!
Não precisamos ir ao extremo de “Largados e Pelados”, aquele reality show de sobrevivência em que pessoas aceitam o desafio de ficar 21 dias sem contato nenhum com a civilização, isso inclui toda forma de tecnologia.
Mas basta sairmos de casa, verificar que o celular está com nível muito baixo de bateria para já começarmos a preocupar-nos com carregador, ponto de energia, tempo de carga, e ainda, surgem os pensamentos automáticos de que ninguém vai nos encontrar… enfim, esses são os menores sinais da angústia de ficar incomunicável.
Nomofobia
Esta nomenclatura específica é usada para designar o desconforto ou angústia causados pelo medo de ficar incomunicável ou pela impossibilidade de comunicação por celulares ou computadores. Dá calafrios só de pensar!
Se você também se sente assim pode estar com sintomas de Nomofobia, que aparecem de várias maneiras: sente-se irritado, agitado, humor alterado, com raiva, mal-estar, impaciente e até mesmo triste, principalmente se tiver que passar por uma abstinência abrupta, um tempo inesperado em que perde a possibilidade de usar o celular ou outros meios de conexão.
Isso pode até ser amenizado se puder usar o dispositivo de outra pessoa, mas aqui estamos imaginando o pior cenário, nenhum acesso. E olha que nem falamos de redes sociais, jogos, músicas, gps, uber, serviços e aplicativos dos quais também já somos dependentes.
Os dados são de assustar
Numa pesquisa realizada pela FGV – Fundação Getúlio Vargas – em abril de 2018, constatou-se que já havia 220 milhões de celulares ativos no Brasil, do que se conclui que já superamos a marca de um celular por habitante, mesmo considerando que esteja concentrado em 70% da população.
A Internet torna-se cada vez mais acessível, em contrapartida, mantém-nos cada vez mais dependentes dessas tecnologias. Em 2016, a empresa de pesquisas dscout constatou que, em média, uma pessoa encosta no celular 2.617 vezes por dia. Se quiser conhecer outros dados confira aqui https://blog.dscout.com/mobile-touches. Se te parece assustador, pode ter certeza que o é.
Às vezes, precisamos de dados concretos para entender a intensidade e proporção de nossas ações. Você também pode ter dados exatos do seu tempo de uso, por exemplo, do Facebook e do Instagram. Esta é, inclusive, uma excelente dica para começar a otimizar seu tempo.
Definir o tempo de uso
No app você encontra a opção “Seu tempo no Facebook” e pode configurar para receber uma notificação quando atingir o tempo máximo definido por você.
Claro, claro, sabemos que é você quem controla seu smartfone, não é mesmo? Ou será o contrário?
E acredite, se esta for sua tendência, é possível mudar isso, é possível deixar de jogar Candy Crush. O primeiro passo é começar a pensar sobre isso, seus comportamentos e uso do tempo. Experimente reduzir o tempo gasto com celular e investir em hábitos saudáveis como atividades ao ar livre, leituras, encontro com os amigos.
E se precisar de ajuda, lembre-se estamos aqui por você!
Ah, e o tempo com seu psicólogo(a) no Psicologia Viva faz parte dos bons hábitos.
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