O Autoconceito

O Autoconceito

Autoconceito

O autoconceito é o conceito que formamos sobre nós mesmos, através dos julgamentos que fazemos sobre nossas aptidões e comportamento. Podemos dividir esse autoconceito em 4 principais:

  • O acadêmico, que é o conceito que criamos sobre nós mesmos, de acordo com nossas aptidões escolares;
  • O emocional, que é formado pela forma como lidamos com nossos sentimentos;
  • O social, que é aquele conceito que surge por causa das nossas aptidões sociais, ou seja, a forma que reagimos ao mundo em que vivemos e às pessoas próximas a nós;
  • E o físico, que está relacionado a como nos vemos ao nos olharmos no espelho e também às nossas aptidões em atividades físicas.

Os principais fatores que influenciam na formação do autoconceito, são:

  • As opiniões dos outros, ou a forma como imaginamos que eles nos enxergam, principalmente se essas opiniões forem de pessoas que são importantes para nós.
  • O julgamento que fazemos sobre nosso comportamento no dia a dia é outro fator de influência na formação do nosso autoconceito.
  • As comparações que fazemos com o outro: ao nos compararmos com o outro, além de não ser uma atitude saudável, acaba por influenciar, geralmente de forma negativa, na formação do nosso autoconceito.
  • auto avaliação do nosso desempenho em atividades especificas: Ser ou não ser capaz de fazer determinada tarefa, ser ou não bom naquilo que se propôs a fazer, etc. São julgamentos que fazemos e que influenciam na formação do nosso autoconceito.
  • O sentimento de pertencer ou não aos grupos sociais que participamos. Se “encaixar” no grupo familiar, no grupo do trabalho, da escola e de amigos, é um fator de forte influência na formação do autoconceito.

Esses são alguns fatores que influenciam na formação do autoconceito. O grau de importância de cada um, vai sofrer variação de pessoa para pessoa e do ego de cada um. Ao longo da vida esses fatores podem mudar de posição no grau de importância.

Qual a importância do autoconceito na nossa vida?

Primeiro, é importante lembrar que pessoas com autoconceito positivo são as que fazem julgamentos positivos sobre si mesmas, isso significa que elas se acham boas em tudo que fazem?

NÃO, significa que aceitam que são boas em algumas coisas e que em outras não o são, e está tudo bem.

Essas pessoas também sabem que com dedicação e trabalho duro podem conseguir melhores desempenhos nas atividades que se propõem a fazer. Razão pela qual, seus desenvolvimentos social, cognitivo, acadêmico e emocional são positivos.

Uma pessoa com autoconceito positivo acredita no próprio potencial e busca sempre alcançar esse potencial em todas as áreas da sua vida.

Qual o papel da família no desenvolvimento do nosso autoconceito?

Os grupos sociais que participamos, como o grupo familiar, é o que geralmente mais influencia na formação do nosso autoconceito. E não podemos falar nessa influência que a família exerce sem falar na identidade prescrita.

A identidade prescrita é a imposição de um modo de vida, de comportamento e o mais comum, de profissão que um membro da família impõe a outro. Essa imposição pode correr de forma explícita ou não.

Sabe quando o pai queria ter sido veterinário e, por várias questões da vida, não o pode ser, e por isso induz ou exige que o filho seja veterinário para que ele realize os sonhos e os objetivos que ele não pode realizar? Isso é um exemplo de identidade prescrita.

Se o filho aceitar e se identificar com essa profissão, tudo bem, mas do contrário, conflitos familiares podem ocorrer ou conflitos internos do filho que podem gerar desde leves ansiedades até depressão profunda, síndrome do pânico, entre outras.

E isso não ocorre só com relação à profissão, pode ocorrer em diversas áreas, como a escolha do parceiro da vida, escolha das amizades, local que a pessoa deve ou não escolher para viver, entre outras.

Além da identidade prescrita, outras formas de influência familiar podem ocorrer na formação do autoconceito.

O Autoconceito e o Autoconhecimento

Conhecer a si mesmo e o que realmente está influenciando na formação do seu autoconceito se faz fundamental para entender, aceitar e, se necessário, modificar o seu autoconceito.

Outra grande influenciadora do autoconceito é a autoestima. O curioso aqui é que a autoestima tanto influencia como sofre influência do autoconceito.

Há de destacar a diferença entre a autoestima e o autoconceito. Enquanto o autoconceito é o julgamento que a pessoa faz de si mesmo, a autoestima é a forma como a pessoa se sente diante dos julgamentos que fez de si mesmo, ou seja, a autoestima é composta pelo sentimento que nasce do autoconceito.

A autoestima muitas vezes fica negativa pois esse julgamento de si mesmo pode ocorrer fora do contexto, como quando o indivíduo se compara a outro e se sente inferiorizado. E por que isso está fora de contexto? Pois cada indivíduo é único e teve uma vida única, com uma forma de ver e vivenciar o mundo, que também é único, o que torna essa comparação completamente fora de contexto.

Por outro lado, o autoconceito pode ficar negativo por causa da baixa autoestima do indivíduo, que o cega diante de seus êxitos e de seu potencial. 

Pessoas com baixa autoestima tendem a se descompensar emocionante mais que pessoas com autoestima equilibrada, pois não acreditam em si mesmas e em seus potenciais, e estão mais propensas a desenvolver depressões graves e outras psicopatologias.

A psicóloga tem o conhecimento para guiar você na busca do autoconhecimento (verdadeiro self), no entendimento, na aceitação e, se necessário for, na modificação do autoconceito de forma a te ajudar no fortalecimento emocional e num autoconceito positivo.

Referências

  1. O auto-conceito – Serra, Adriano Supardo Vaz –  http://hdl.handle.net/10400.12/2204
  2. O autoconceito de adolescentes escolares –  https://doi.org/10.1590/S0103-863X2011000100003
  3. Autoconceito em adolescentes e suas relações com desempenho escolar e práticas parentais – Josiane Lieberknecht Wathier Abaid –  https://doi.org/10.17058/barbaroi.v0i58.4320
Larissa De Nogueira Braga
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