O TDAH é uma condição psiquiátrica que atinge muitas crianças brasileiras. Na maioria das vezes, lidar com esse quadro pode ser bem desgastante, o que representa um grande desafio para pais de crianças com TDAH ou qualquer pessoa que tenha que lidar com essa situação, como professores, por exemplo.
Confira a seguir algumas informações e dicas sobre como lidar com crianças hiperativas.
O que é o TDAH?
Reconhecido pela Organização Mundial de Saúde, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um transtorno neurológico de provável origem genética.
Além da hereditariedade, pode-se citar como possível origem do distúrbio fatores externos, como conflitos familiares frequentes ou situações que exponham a criança a grandes níveis de estresse.
Há ainda algumas vertentes que indicam deficiências vitamínicas na dieta, contaminação por chumbo, sofrimento fetal, ingestão de álcool na gravidez e deficiência hormonal do indivíduo como outras prováveis causas do TDAH.
Os principais sintomas da condição são inquietude, dificuldade de concentração e foco, impulsividade e problemas com disciplina e organização.
Esses sintomas geralmente acompanham o indivíduo durante toda a vida e parecem sem solução, mas podem ser amenizados com a devida orientação profissional.
Existe tratamento?
Com orientação médica é possível realizar tratamento com remédios a partir dos 8 anos de idade. O objetivo da medicação é melhorar a capacidade de concentração do indivíduo, assim como controlar a inquietude característica da hiperatividade.
Além disso, o acompanhamento psicológico também é muito benéfico. A partir da introdução de atividades lúdicas, o psicólogo consegue desenvolver gradualmente os níveis de atenção e concentração da criança, além de auxiliar bastante em sua interação com o meio social.
Dicas para lidar com o TDAH
Embora o tratamento com um profissional seja bastante eficaz, o convívio com uma criança hiperativa ainda pode ser algo custoso. Confira agora algumas dicas para amenizar a situação e promover uma boa convivência com o transtorno:
1. Imposição de limites
Devido à grande inquietude de crianças hiperativas, há uma tendência de que elas sejam intolerantes a regras. Portanto, cabe aos pais impor limites desde cedo e, a partir de recompensas e punições, demonstrar a importância do respeito às regras.
2. Incentivo à organização
Como já citado, um dos grandes problemas de crianças com TDAH é a manutenção de disciplina, principalmente nas atividades escolares. Assim, é essencial que haja um estímulo à organização de todas as tarefas.
É possível obter grandes ganhos a partir da utilização de cronogramas e agendas — tudo que estimule a manutenção de uma rotina produtiva na vida da criança.
3. Paciência e compreensão
Embora muitas vezes seja fácil perder a cabeça diante das atitudes de uma criança hiperativa, a repreensão nem sempre é o melhor caminho. É necessário compreender e tentar lidar da maneira mais bem-humorada possível, pois nem sempre a criança tem consciência de que está fazendo algo errado.
4. Evite comparações
É comum que muitos pais utilizem comparações a fim de despertar mudanças de comportamento nos filhos.
Entretanto, no caso de crianças hiperativas, essa comparação pode não ser nada saudável, uma vez que algumas atividades apresentam maior grau de dificuldade para indivíduos com TDAH do que para os que não possuem o transtorno.
Assim, é conveniente não utilizar esse artifício em virtude do risco do desenvolvimento de sérios problemas de autoestima na criança.
5. Estimule a prática de atividades físicas
A prática de exercícios físicos é muito benéfica para crianças hiperativas. Além do gasto energético de atividades intensas contribuir para amenizar sintomas como a inquietude, algumas dessas atividades podem estimular bastante o desenvolvimento de disciplina, como no caso das artes marciais, por exemplo.
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Referências
Carvalho, Ana Paula, and Mariana Fernandes Ramos dos Santos. “TDAH: Da banalização ao diagnóstico.” Revista Transformar 9 (2016): 184-202.
Signor, R. I. T. A., and A. P. Santana. “TDAH e medicalização.” São Paulo, Brasil: Plexus (2016).
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