Como as redes sociais podem aumentar a ansiedade?

redes sociais e ansiedade
Como as redes sociais podem aumentar a ansiedade?

Você costuma acordar e ir direto ver as redes sociais? Provavelmente, essa atitude se repete durante todo o dia, deixando de ser uma distração para ser uma necessidade. Acertei, não é mesmo?

Além de ser uma necessidade, ao entrar nas redes sociais vem um sentimento de angústia, ansiedade e, em alguns casos, até depressão. Pois saiba que isso é mais comum do que você possa imaginar.

Conversamos com Evana Araújo, psicóloga da Psicologia Viva para entender melhor o assunto. Veja só!

Por que as redes sociais podem causar ansiedade?

As redes sociais se tornaram parte integrante da nossa vida cotidiana. Elas nos permitem conectar com amigos e familiares, compartilhar informações, e ficar atualizados sobre as notícias do mundo em tempo real.

No entanto, apesar desses benefícios, o uso excessivo das redes sociais pode levar a um aumento da ansiedade e do estresse.

Segundo a profissional, as mídias digitais podem gerar ansiedade pelo excesso da conexão sem a presença de uma outra pessoa nesse processo de mediação.

Isso ocorre já que hoje em dia é comum que as interações sejam por meio das telas.

Além disso, ela lembra que nas redes sociais há um grande excesso de informações que não conseguimos digerir ou que de fato servem para a nossa vida cotidiana.

Lembrando que o uso desenfreado das redes sociais causa ansiedade tanto em crianças como em adultos. Mas o grupo mais prejudicado são os adolescentes e adultos.

“Nesses ambientes tecnológicos, as pessoas postam suas vidas de forma fragmentada, com fotos e vídeos de um momento exclusivo de felicidade momentânea e sucessos e ostentações, o que foge da realidade da maioria dos usuários e causa a comparação das vidas. Consequentemente, isso traz a tristeza e a ansiedade por não estar à altura da pessoa que posta sempre sua vida perfeita”.

Além da ansiedade, quais os outros perigos?

Além da ansiedade, outros sintomas psicológicos que podem acarretar os usuários. Veja a lista:

  • Tristeza,
  • Culpa,
  • Procrastinação,
  • Distúrbios alimentares,
  • Insônia,
  • Depressão em alguns casos.

Para que isso não ocorra, estudos avaliam o tempo indicado para uso diário.

Segundo um estudo publicado pelo Journal of Social and Clinical Psychology concluiu que o tempo ideal para uso é de  30 minutos por dia pode trazer bons resultados à saúde mental.

“Porém, quem utiliza por muitas horas e deseja diminuir esse tempo, é aconselhado ir diminuindo aos poucos e não de uma forma brusca. Assim o sistema nervoso não sofre com essa quebra abrupta das horas nas mídias digitais e fica mais fácil para o cérebro aceitar essa diminuição de horas acessadas”, orienta a profissional.

Entenda os sinais

A profissional ainda explicou quando as redes sociais começam a ser um problema e precisam de mais atenção.

“Quando já se instalou a dependência pelas mídias sociais, onde a pessoa não consegue ficar nenhum momento longe do celular causando problemas”.

Os principais são:

  • Ansiedade,
  • Depressão,
  • Sensação de isolamento e de perda de acontecimentos,
  • Pressão,
  • Esgotamento,
  • Obsessão com o corpo.

A terapia pode ser uma grande aliada!

Sim, o processo terapêutico pode ajudar nesse processo. Isso porque a terapia pode ajudar no caso de ansiedade causada pelas redes sociais e quando já está instalada a dependência das mídias sociais.

“Embora haja muitas formas de abordagem e tratamentos para transtornos como esse, atualmente a mais recomendada e que demonstra resultados mais visíveis e contundentes  é a TCC, ou Terapia Cognitivo-Comportamental”.

A psicóloga ainda alerta que  a relação Terapia Cognitivo-Comportamental e dependências digitais pode ser utilizada tanto com adolescentes (público com maior e mais grave incidência do transtorno) quanto com adultos.

Conte com a Psicologia Viva na busca de uma vida melhor!

5 dicas para aprender a controlar o uso das redes sociais

Definir limite para utilização

Estabelecer um tempo limite para usar redes sociais é umas principais formas de combater o vício em Internet. No Instagram, ao acessar as configurações da conta, a opção “Sua Atividade” permite definir lembretes para fazer pausas ou limitar o tempo de uso diário.

 

Usar apps de foco e concentração

Existem alguns aplicativos cujo objetivo é aumentar o foco e a concentração do usuário, bloqueando o acesso às redes sociais e outras formas de distração. Entre eles está o Forest, disponível para Android e iPhone (iOS).

Bloquear notificações

Outro recurso interessante para reduzir o tempo nas redes sociais é bloquear as notificações. Isso porque cada vez que alguém recebe um aviso de uma nova curtida, comentário, seguidor, lembrete ou mensagem, fica curioso a respeito do conteúdo e se sente inclinado a verificar a novidade em questão. Na verdade, as notificações são um mecanismo para estimular o usuário a abrir o aplicativo.

Desativar as contas temporariamente

Uma medida mais eficiente para combater o vício nas redes sociais é desativar suas contas temporariamente. Essa é uma dica útil para quem tem mais dificuldade em resistir à tentação de abrir o aplicativo para conferir as atualizações, mesmo que já tenha colocado em prática as dicas anteriores. Ao desativar as contas nas redes sociais, o usuário terá um pouco mais de dificuldade para ativá-las novamente.

Deletar o aplicativo do celular

Junto à desativação da conta, excluir os aplicativos do celular é uma das melhores alternativas para quem quer evitar as redes sociais. Afinal, o caminho para conferir as atualizações da plataforma será mais longo: o usuário precisará baixar o app novamente e inserir login e senha. Além disso, sem o app no celular, a pessoa não receberá notificações.

Fonte: Evana Araújo, psicóloga da Psicologia Viva.
A profissional é especialista em depressão, estresse, conflitos familiares, violência sexual e outros assuntos.
Para marcar a consulta, acesse: https://perfil.psicologiaviva.com.br/evanaaraujo

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