O questionário não deve ser considerado como um diagnóstico, apenas como uma orientação dos níveis dos sinais. Nesse caso, sempre é recomendado consultar um profissional capacitado para uma avaliação completa.
Reconhecer que estamos entrando em depressão é desafiador, já que muitos sintomas dessa doença, tida como uma das mais incapacitantes do mundo pela OMS (Organização Mundial de Saúde) são confundidos com uma persistente tristeza.
O autodiagnóstico, entretanto, é um primeiro passo fundamental, já que é a partir dele que compreendemos o quanto necessitamos do apoio dos entes queridos e de orientação psicológica para tratar o distúrbio.
Quer saber como descobrir se você está entrando em depressão? Então confira os 9 sinais que separamos para você entender definitivamente tudo por trás dessa doença:
Conhecendo a depressão – Será que estou entrando em depressão?
Só no Brasil, cerca de 17 milhões de pessoas estão com depressão, cuja origem habita em alterações nos neurotransmissores do cérebro (como a serotonina, a noradrenalina e a dopamina), mas também em diferentes situações, tais como:
- Frustrações (dependência financeira, desemprego desilusões e etc.);
- Fatores genéticos;
- Traumas (como acidentes ou o falecimento de um amigo ou familiar);
- Abuso de substâncias (bebidas alcoólicas, remédios e drogas ilícitas);
- Efeito colateral de medicamentos.
Tudo isso pode gerar um quadro debilitante e difícil de se livrar sem ajuda. Por isso, aprenda a identificar os sinais de que você está entrando em depressão:
1. Cansaço constante e indisposição frequente
É difícil lidarmos com a própria motivação se a rotina em si é baseada em eventos estressantes, mas a depressão torna até mesmo atividades prazerosas em algo banal.
Com isso, as atividades são substituídas por períodos de inatividade e o isolamento se torna a melhor companhia. Caso não haja uma explicação para essa transformação no comportamento, convém buscar orientação psicológica para compreender a mudança.
É importante lembrar que o resultado do questionário não é uma avaliação psicológica. Assim, apenas por esse resultado, não é possível diagnosticar um quadro de ansiedade e depressão.
2. Sensação contínua de tristeza
O que difere a tristeza habitual da depressão, segundo especialistas, são a frequência e a intensidade do sentimento: caso ela persista por mais de 15 dias, sem intervalos, é possível que a melancolia tenha um diagnóstico.
No entanto, é necessário investigar a origem desse desamparo. Primeiramente, um diálogo aberto com pessoas de confiança pode facilitar a busca por uma explicação, mas o diagnóstico e ajuda psicológica são mais que fundamentais nesse processo.
A mudança de humor, não só a tristeza, mas também aquela irritabilidade constante, onde tudo se torna motivo de aborrecimento e de reações às vezes agressivas pode ser um sinal que merece atenção.
3. Alterações no apetite e no sono
Dormir demais (ou muito pouco) e sentir nenhuma (ou muita fome) são quadros sintomáticos comuns na pessoa deprimida.
É importante se atentar se existe algum motivo revelador por trás disso — transtornos como a ansiedade, por exemplo, podem alterar a qualidade do apetite e do sono — ou se essas dificuldades surgiram junto aos outros sinais que apontamos aqui.
4. Dores pelo corpo
Além dos sinais psicológicos, a depressão ataca, indiretamente, o corpo, que reflete a angústia generalizada em dores ou disfunções, como:
- Tensão acumulada nos músculos, ombros e pescoço;
- Cólica, diarreia ou azia;
- Pressão no peito;
- Dores de cabeça.
Por ter relação indireta com a doença, muitos ignoram os sintomas físicos, quando, na verdade, eles podem nos ajudar no diagnóstico.
5. Redução da capacidade de experimentar o prazer
Aos poucos vai sumindo o interesse pelas atividades, inclusive por coisas que a pessoa gostava. Tudo vai se tornando sem gosto, sem prazer, chegando a perda do interesse por qualquer atividade prazerosa, inclusive a atividade sexual.
6. Isolamento social
Uma luzinha vermelha se acende quando aos poucos você percebe que não tem vontade de participar das reuniões de família, das atividades sociais, do convívio familiar até com as pessoas mais próximas criando uma vida solitária, com contatos sociais cada vez mais restritos.
E uma vida solitária vai se instalando, podendo chegar ao ponto de não sair mais de casa.
7. Falta de concentração e dificuldade de tomar decisões.
Aquela sensação de cabeça vazia, com dificuldade de concentrar-se, de indecisão, de prestar atenção. Às vezes, os próprios pensamentos se tornam confusos dificultando a tomada de decisões diante das situações.
Se torna um sobre-esforço para conseguir dar conta de suas atividades cotidianas e por isso as coisas vão ficando para outra hora, e tudo vai ficando para depois, o que deixa a pessoa ainda mais desanimada.
8. Sentimentos de culpa e perda da autoestima
Outro sinal de alerta da depressão é aquela vozinha negativa sobre você mesmo, de se sentir menos importante, de se sentir incapaz e inútil.
Aquela sensação de que a “vida está sem sentido”, de que ninguém se importa com você ou de se sentir um “peso na vida dos outros” e de que tudo que “dá errado é por sua culpa”.
Como é feito o diagnóstico
Existem dezenas de sintomas que ajudam a reconhecer a doença, mas, em geral, especialistas apontam que o quadro depressivo é melhor identificado quando há a presença de pelo menos 5 deles — sendo que nem sempre todos os sinais se revelam.
Por exemplo: nem todos sofrerão de azia, como um sintoma relacionado à depressão.
É por isso que o autoconhecimento é crucial para saber se estamos entrando em depressão. Identificar a súbita mudança comportamental é significativo para buscar ajuda. Nesse processo, o auxílio de um psicólogo é muito importante para a descoberta e a prescrição de um tratamento adequado.
Não seja refém das emoções
Aprender a se conhecer, a perceber os gatilhos mentais que causam essas mudanças no próprio comportamento é um processo importante para que a pessoa não seja refém de suas próprias emoções, mas aprenda a lidar e enfrentar os desafios cotidianos de forma assertiva, além de conseguir identificar mais rapidamente se está entrando em depressão.
Vale ressaltar que ignorar os sintomas — e a doença em si — não vai fazê-los desaparecer. Pelo contrário: há grandes chances de agravar o quadro, levando a problemas graves, como a depressão crônica e o aprofundamento da tristeza – que por sua vez pode aumentar o desamparo, desenvolver pensamentos mórbidos e levar até mesmo ao suicídio.
Depressão pode acontecer com qualquer pessoa
Embora exista fatores de risco determinantes, a depressão pode acometer qualquer pessoa em qualquer idade, e por isso você não deve ter nenhum receio para se sentir culpado e não buscar ajuda caso perceba esses sintomas.
Prevenir é cuidar da saúde mental
Importante saber que a depressão é uma doença que tem cura como qualquer doença, a prevenção ainda é o melhor remédio.
Quando diagnosticada e acompanhada de forma correta evita-se inúmeros prejuízos decorrentes da condição incapacitante que o transtorno depressivo pode trazer a própria pessoa e ao seu convívio social.
O cuidado com a saúde mental é fundamental nesse processo de prevenção da depressão.
Se você acha que está entrando em depressão, ou percebe que pessoas do seu círculo familiar apresenta esses sintomas, converse com um psicólogo.
O atendimento psicológico online pode te ajudar.
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